Detesto que me roubem a solidão sem me dar em troca verdadeiramente companhia. (Friedrich Nietzsche).

sábado, 2 de junho de 2012

Estrada







Hoje estive com você
E você... não viu

Hoje te falei de mim
E você... não ouviu

Hoje te deixei pra sempre
E você...

Não há mais tempo
Viver é o tempo que preciso
Pra chegar

Pés na estrada
Errada e errante
Distante enquanto o tempo me deixar...




4 comentários:

  1. Que lindo poema! Confessional, eu diria. Diria assim como me disseram uma vez num comentário sobre a paixão, sobre a paixão que eu tive que viver, amar e sofrer. E depois da paixão veio a certeza de que é necessário sobreviver, pois o que nos reserva na vida é a dureza de um chão sólido e uma incerteza do que está por vir em nosso caminho, mas seja o que for, depois de uma paixão todo o ser fica forte para enfrentar o que vier.

    De fato, seu poema expressa isso. É o que eu senti!

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  2. Oi Victor, que bom que resolveu reaparecer, rs. Tenho certeza de que minha alma não é pequena, mas, há coisas que realmente não valem a pena. Estou mais forte, o temporal passou. O sol já reapareceu, rs. Quero mais é pegar a estrada e deixar as coisas ruins pra trás.

    Muito obrigada.

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  3. "Distante enquanto o tempo me deixar..."

    Por mais que este poema (ou poesia, nunca sei a diferença, rs) queira transmitir uma situação definitiva, basta ler as entrelinhas para perceber que há uma possiblidade de uma continuação, mesmo que seja na mente de quem o escreveu.
    E não falo de forma pessoal, um de meus parceiros que é poeta, certa vez me disse que vocês não são como os cronistas e contistas, não escrevem sobre si mesmos, por vezes, nem mesmo nas entrelinhas.

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  4. Christian, é meio complicado esse negócio. Não concordo muito com o seu parceiro. Contistas e cronistas são os que menos escrevem sobre si mesmos. Os contistas escrevem ficção, criam as histórias e os personagens, salvo as exceções de acontecimentos verídicos. Na crônica, normalmente o tema é uma questão comportamental,ou filosófica, ou crítica, que diz respeito ao cotidiano. Já na poesia, um sentimento muito pessoal pode inspirar um poema. Não é regra isso, mas acontece muito.
    Anyway, no que diz respeito à poesia, em parte seu parceiro tem razão. Mas isso também é relativo, varia de poeta pra poeta.

    Um abraço pra você.

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Costumo responder aos comentários aqui no blog. Todas as opiniões são bem vindas, e importantes. Gosto de saber das pessoas o que pensam, o que sentem, o que gostam. Você que lê e prefere não se manifestar, quem sabe um dia volte para me dizer algo. Não tenho pressa, eu espero.

Divagar é preciso...