Detesto que me roubem a solidão sem me dar em troca verdadeiramente companhia. (Friedrich Nietzsche).

terça-feira, 31 de julho de 2012

Por que você faz um blog?

Esclarecimento:  este post foi escrito com a intenção de ironizar os manuais tipo "como ser um blogueiro do sucesso"  que a gente encontra pela internet. Tem até e-book sobre o tema!  Eu alterei um pouco o texto,  pois, relendo,  notei que essa intenção não havia ficado muito clara. Agradeço a todos os que já haviam comentado e peço desculpas pela falha, e peço desculpas também para a Cristina...




Ontem li num desses sites sobre blogs que uma das formas de afastar leitores dos nossos blogs é não focar em um determinado tema. Pronto, ponto negativo pra mim... rs. 
   E que uma das formas de atrair leitores, ou seguidores, é procurar postar o que os leitores gostarão de ler. 
O que os leitores gostarão de ler...
O que os leitores gostarão de ler? Imagino eu, então, que ao criar um blog, é preciso que o aspirante a blogueiro encomende uma pesquisa de mercado. De Walter Mercado! Sim, porque só adivinhando é que vai dar pra saber o que os leitores gostarão de ler. Ah, bola de cristal também deve ajudar na empreitada, e é mais barato.
O site diz também (em outras palavras, é claro), que esse negócio de dizer "fiz o meu blog pra mim" é papo furado, ninguém cria um blog para si mesmo, cria para os outros, para ser lido, comentado, seguido. Concordo. Mas não muito. Eu, como muita gente que diz a mesma coisa, fiz um blog porque queria ter meu próprio espaço na web para falar, poetar, prosar, palpitar, ironizar, ficar de mimimi. Portanto, fiz o blog pra mim, sim, rs. É bom ter leitores? Seguidores? Receber comentários? Não. É ótimo! Isso anima, motiva, inspira. Sem contar que a interação é sempre produtiva, e agradável. Na minha modestíssima opinião, ter leitores depende  de vários outros fatores e não só do conteúdo. Seja como for, acho que o mais importante é  que seja tudo muito natural,  espontâneo. Leitores, seguidores e comentários são consequência.

Digo que não sou blogueira por natureza, eu me aventurei como blogueira, rs, e penso aqui com meus gadgets que o que foi dito no tal site vale para aqueles cujo objetivo é ser uma celebridade blogosférica, o que não é o meu caso. Aliás, nem que eu quisesse... rs. Este é o meu blog, tem muito do que eu sou aqui. Fi-lo porque qui-lo...  

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Sumir


Ando querendo coisas distantes
Ando sonhando com o improvável 
Ando fantasiando o impossível
Ando calada
Ando chata
Ando triste... 

Acho que vou andar até sumir.












terça-feira, 24 de julho de 2012

Para onde eu vou?



Para onde ir quando não se tem para onde fugir? Alguma sugestão?

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Debaixo de sete chaves ...


- Dona, a senhora  tem um prato de comida pra me dar? 
- Espere um pouco.
   Minutos depois...
- Toma. Não tem muito, não, é o que eu tenho aqui.
- Muito obrigado, Dona, Deus abençoe. Olha, Dona, a senhora me dá licença de sentar aqui na sua calçada pra comer? 
- Se não for fazer sujeira, pode.
- Não vou fazer sujeira, não, a senhora pode ficar sossegada. Eu tenho uma vasilha e vou por metade dessa comida quentinha e cheirosa na vasilha, mas não vou fazer sujeira nenhuma, a senhor vai ver.
- O senhor vai guardar para depois? Vai estragar. 
- Não, Dona. É para o meu amigo. 
- Mas é tão pouco. E o senhor está pensando no seu amigo... Eu não tenho mais...
- Não se preocupe, Dona, o que a senhora deu está bom demais, tem dia que a gente nem come. Eu divido tudo com ele, a gente está junto há tanto tempo que eu nem sei.
 E o homem sentou-se ao lado do amigo, e ambos comeram, no silêncio da resignação e da amizade incondicional. Depois, homem e cão se foram, o homem carregando tudo o que tinha, trapos e cacarecos, o cão a pular e latir para o homem, abanando a cauda, o homem a rir para ele.  
E os dois amigos viraram a esquina, para mais um dia que ninguém sabe.





sexta-feira, 13 de julho de 2012

Precisava ser Clarice Lispector...



Ah aquele impulso... Aquela coisa, Inspiração é que se chama?  Repente? Surto? Ataque? Necessidade! Necessidade daquela coisa de nome Escrever...  
As palavras vêem, chegam, primeiro uma, depois outra, e depois... (explosão) todas a um mesmo tempo, crianças barulhentas, indisciplinadas, atropelando-se, competindo, sem ordem, gritando...  
A pena vai... Rabisca, risca, rabisca de novo, tentativas de acalmar aquelas crianças fugidas de algum lugar do coração onde ficam os sentimentos. Os mais revoltos sentimentos. Quero domá-las, ordená-las em frases, mas... 
É preciso ser fada.... Encantá-las, as palavras crianças...


Hoje eu precisava muito ser Clarice Lispector.


quarta-feira, 11 de julho de 2012

Luz Noturna


E a noite que não vai...
Aqui dentro noite afora
E aflora meus medos...
Demora-se
Demora-me
Me tenta de silêncios
Me encanta de mistérios
Nunca-me 
E não descansa-me
Faz-se clara,  
Ruidosa
Caprichosa...
Canta
Pelos cantos das paredes 
Lisas
Sem cor
Sem sono
Sem como
Sem...


Vem o dia 
Sem que a noite
Vadia
Se vá...

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Contos grotescos da vida virtual


Uma mulher não pode ser educada com um homem, ela está dando bola pra ele, dizendo SIM. Uma mulher não pode dizer Não a um homem, ela tem que aceitar sua paquera e namorá-lo mesmo não querendo.  
Bom, pelo menos foi isso que entendi de um homem que me esculhambou e me ofendeu até não encontrar mais nada de ruim pra dizer de mim por eu ter dito a ele que não estava aberta a relacionamentos naquele momento (pensando bem , ele conseguia, sim, encontrar coisas ruins "novas" pra me esculhambar, era muito criativo...).  E era verdade mesmo que eu não estava aberta a relacionamentos naquele momento, eu ainda estava sob os efeitos de uma relação anterior. Essas coisas  de relações mal resolvidas demoram um pouco para sair totalmente da corrente sanguínea, pelo menos pra mim. Acho que a gente tem que se resolver primeiro, o contrário disso é fazer o outro de estepe.  Eu fui sincera, não o enrolei, não faço charminho, não sou de enrolar ninguém. 
 Eu o "conheci", ou melhor, ele me "conheceu" naquela quase extinta rede social (ele leu um comentário meu numa comunidade literária e me adicionou). Trocávamos opiniões sobre poesia e ele acompanhava meus tópicos na comunidade de Edgar Allan Poe, e não é segredo pra ninguém o quanto gosto de Poe.
Depois de um tempo percebi que ele estava me paquerando,  e quando ele me perguntou se eu não pensava em ter um namorado eu disse que não, disse o que contei acima. Esse homem  me acusou de ter dito Sim, e depois ter dito Não. Disse que sou louca, que sou feminista - feminista, logo eu! que não sou engajada em nada e que abomino a confusão que a mulherada faz sobre feminismo! E ele também, pelo jeito! - que eu não respeitava os homens  ("os " homens?! Que homens?! Até parece que a coisa tá fácil assim!), que eu ia morrer velha e sozinha (será que praga de homem pega? ai que horror!...), que o dia em que eu estivesse velha e feia, ai eu ia chorar e me arrepender de não ter dado valor a ele (?!) ; me chamou de Messalina (!!), de Cleópatra (ah, isso eu adorei!), de Maria Antonieta do Jardim França (um bairro aqui de São Paulo), de Rainha Elizabeth da Parada Inglesa (outro bairro aqui de São Paulo) e outros blá blá blás insanos. Imagina, um homem que nem conheço, nem ele a mim...!
Todo dia tinha no mínimo um recado (na verdade, ele mandava isso por depoimento) e um e-mail desse tipo me esperando. No começo eu perdia meu tempo respondendo, pedindo para ele parar com aquilo, que aquilo não era normal. Mas ele continuou. Então o excluí da rede social e do e-mail e o bloqueei forever! 
Depois disso, excluí minha página lá e nunca mais voltei. Se tenho um perfil no FB totalmente inativo e um twitter completamente às moscas é porque  não tenho energia nem para ir lá excluir as contas. A minha fase de socializaçao em rede já passou. 
Se querem saber, este não é o único  caso de bizarrice na net  que eu tenho pra contar, mas vou ficar só neste aqui que já é bem bizarro. 
E se mais alguém vê gente morta, ops...  gente doida all the time e quiser contar, por favor, fique à vontade, vou adorar saber, rs.







sexta-feira, 6 de julho de 2012

Blogagem Coletiva - Espiritualidade


"Quem quer que acredite haver em si
algo mais que a matéria, é espiritualista, 
uma vez que o Espiritualismo 
é o oposto do Materialismo."


Depois de ter sido criada na igreja católica, depois de ter sido batizada e crismada, de ter feito catecismo e primeira comunhão, de ter frequentado (sozinha) as missas de domingo quando criança, e de ter presenciado, desde criança e com uma certa frequência, em minha própria casa e de familiares, sessões espíritas do tipo "mesa branca", depois de ter frequentado, já adulta, centros espíritas kardecistas, depois de ter enveredado pelos caminhos do esoterismo, tipo anjos, numerologia, de ter feito aulas de tai chi chuan, de ter lido tudo sobre feng shui (minha casa parecia restaurante chinês...) e depois de  não ter conseguido encontrar em nada disso o  que me faltava, parei de rezar, parei de acreditar em Deus, parei de acreditar em forças superiores, em "energias", em vida após a morte, passei a acreditar apenas na ciência, ou no que a ciência pode comprovar. 
O tempo passou, e eu continuei com aquela sensação de sempre: de que me faltava algo. 
Até que, há questão de aproximadamente dois anos, tive duas perdas, e foram essas perdas, em especial a segunda, que me fizeram retomar o caminho da espiritualidade. Na verdade, acho que  nunca deixei de ser espiritualista, porque essas coisas, quando legítimas, não se vão  assim. Para muitas pessoas a Espiritualidade está ligada à religião. No meu caso não é assim. Não sigo nenhuma religião -  influência do meu pai, talvez - no entanto, como ele, sou espiritualista. E eu sei que podem se escandalizar com o que vou dizer: minha crença no espírito "ressuscitou"quando minha segunda cachorrinha morreu (a primeira havia morrido oito meses antes).  Durante  meses acompanhei o sofrimento dela, vi coisas das quais nunca vou me esquecer, e passei por uma prova: uma prova de amor. Descobri que só quem ama de verdade, faz o que eu fiz. Tive que sacrificá-la. Eu mesma a levei, e falei com ela, me despedi, e durante o processo - que eu quis presenciar - não parei de chorar e de dizer pra ela:  'estou fazendo isso por amor, viu?'. Isso é um absurdo para quem não entende, para quem não sente ou nunca sentiu o que eu senti, e pode ser um dramalhão mexicano, uma tragédia grega em torno de algo tão "banal"  como a morte de um cachorro, e um ENORME "pecado" perante os olhos da religião.  Poderia não ser a cachorrinha, eu sem muito bem disso!  Mas, não se trata da morte de um cão, a coisa toda é bem maior que chorar a morte de um cão, eu despertei  com aquele barulho, despertei para o fato de que a vida não pode ser só isso aqui, que não seria justo se a vida fosse só isso aqui, porque o bem não pode ter o mesmo fim que o  mal, isso não faz sentido.  Naquele momento, sofri o que precisava para perceber que o meu ceticismo também não fazia nenhum sentido. Foi naquele momento, naquela dor que eu sentia, não tanto pela morte, porque a gente sabe, mas  pela maneira que as coisas aconteceram, quando o veterinário disse "ela está em paz" que eu me convenci, definitivamente, de que ninguém, nenhum ser com sensações, reações e sentimentos é só matéria e fluídos, nem os animais, pois eles nascem entre os demais de sua espécie, se socializam e se organizam, lutam pela sobrevivência, procriam, cuidam, ensinam, sofrem, adoecem, pedem, precisam, amam incondicionalmente, trabalham, carregam, empurram, guiam, levam alegria, sentem; E a gente,  a gente nasce, cresce, aprende, ri, chora, sofre, é feliz, infeliz, ama, odeia,  faz coisas boas ou ruins, trabalha, estuda, toma, doa, faz ou  não sacrifícios, é honesto ou desonesto, bom ou mau,  cai , levanta, insiste, desiste...  E aí tudo termina com a morte...  É assim?! É só isso?!  Simples demais para fazer algum sentido.  Viver nunca foi assim tão simples. Meus pais viveram toda uma historia juntos, como acreditar que eles simplesmente não existem mais? Existem seres, pessoas, com quem mantemos um vínculo tão forte que  transcende a simples existência,  existe um ser a quem eu amo mais do que a tudo e que me ama também, a quem ensino valores e por quem faria o que precisasse. Não, não pode ser só isso. 
Não sei o que vem a seguir, não sei como é, ninguém sabe, e tenho muitas dúvidas quanto ao que leio sobre mundo espiritual, há muitas coisas que não estão muito claras para mim, mas é o mais próximo da lógica da vida, e de uma justiça. Essa lógica e a mera possibilidade de justiça são o que me fazem crer que há sentido em viver, e, consequentemente, me aliviam das cargas de viver. Não é uma bengala, eu não "acredito", eu SINTO que há mais...


quinta-feira, 5 de julho de 2012

Amanhã vou tentar ser zen...


Eu estava aqui, compenetrada no meu texto sobre espiritualidade, me sentindo feliz e aliviada por estar em casa numa noite como a de hoje, quando comecei a ouvir fogos como se fosse ano novo, e berros de "vai curíntiaaa!!"
O tal time acaba de ganhar um título que nunca conquistou. A vitória  foi sobre um conhecido time argentino. Agora aguenta! É buzinaço que não acaba mais, é gritaria (histeria!) que não acaba mais, é gente na rua gritando  um monte de bobagens que não vou dizer aqui, é carro passando com gente doida aos berros e buzinando, e, claro, o tal hino do tal time que não para mais de tocar nem de ser cantado!  

A cidade de São Paulo esta noite não dorme!

Que inferno!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Blogagem Coletiva - Espiritualidade.



Pela primeira  vez vou participar de uma blogagem coletiva. Para falar a verdade, nem sabia como fazer isso, o próprio Christian, autor da iniciativa, que me explicou. Sou meio lesada ainda neste troço de blog...
Meus caros amigos, convido vocês a participarem dessa blogagem coletiva que aborda um tema muito interessante e que sempre dá o que falar: A espiritualidade. 
Todos os detalhes e esclarecimentos sobre a blogagem estão no texto do Christian V.Louis do blog Escritos Lisérgicos. Segue o link :
http://escritoslisergicos.blogspot.com.br/2012/06/blogagem-coletiva-espiritualidade.html


Bem, era isso...
Muito obrigada a todos.  :)