Detesto que me roubem a solidão sem me dar em troca verdadeiramente companhia. (Friedrich Nietzsche).

terça-feira, 4 de março de 2014




A casa antiga, ensolarada,
naquela vila de casas ajardinadas
de portões baixos
janelas amplas e sem medos
com pedras na calçada
Aquela casa, com árvore na frente,
de alpendre e jardim,
com caquinhos vermelhos e quintal,
compunha um cenário de lembranças
- pura nostalgia -
de um lugar onde eu estive
por muito pouco tempo: minha infância.
Agora percebo:
Fora da casa,  ainda mora uma criança.



quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

2013

Obrigada 2013, por todas as oportunidades, as que eu aproveitei e as que eu desperdicei. Obrigada pelas dificuldades que surgiram em minha vida, sem elas eu não saberia o que sei agora, sem elas eu cometeria os mesmos erros neste 2014. Obrigada pelas pessoas amadas que manteve ao meu lado, e por me manter presente para as pessoas que me amam. Obrigada pelas amizades antigas e pelas novas. Obrigada por ter colocado em meu caminho pessoas que me ajudaram mesmo tentando me prejudicar, sendo falsas e mentirosas, fingidas e hipócritas, pois, sem elas, eu seria sempre aquela que crê em elogios vazios, em sorrisos falsos, em amizades e amores que não existem, sem pessoas assim, que vira e mexe aparecem em minha vida, eu não teria jamais aprendido a não depositar minha confiança em quem não é confiável. Obrigada pelos recursos para me cuidar e para me tratar quando necessário, e principalmente pela saúde para trabalhar.  Obrigada pelo trabalho! Obrigada pelo necessário e pelo supérfluo, pelo básico e pelos pequenos luxos. Obrigada, Ano Velho, você sempre me prova que existe alguém, em algum lugar, que me quer bem e que me protege. Bem vindo, 2014, e seja tão bom quanto me foi 2013, para mim estará ótimo!


E obrigada aos meus companheiros de blogosfera, que, mesmo eu estando ausente, aqui vieram e me deixaram seu carinho. Desejo um Feliz 2014 a todos! 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Amigos, amigos, Internet à parte... Ou não.



Pode não parecer, pode parecer conversa mole, blá-blá-blá de blogueira que some e aparece, sei lá, pode parecer muitas coisas, mas eu estava com saudades daqui. Estava com saudades de escrever minhas divagações e colocá-las neste lugar que criei para elas, o lugar perfeito para elas, pois em nenhum outro elas se sentiriam, e se sentem,  tão à vontade. Senti falta  de escrever, como senti! Porque só escrevendo é que converso com alguém sobre as coisas que tenho vontade de conversar, e esse "alguém" são os que vêm aqui me dar um pouco do seu tempo e de sua atenção. Nossa, parece coisa de gente carente: "tempo e atenção", é bem típico, e eu sou mesmo carente, carente de conversar, lembrando que  "conversar" não é só falar, é ouvir e responder, enfim, Conversar.
A expressão "conversar pessoalmente" soa até estranho, porque conversar pessoalmente não é mais tão natural assim, virou uma coisa antiga,caiu em desuso. Essa coisa de sentar numa roda, numa sala, numa mesa de bar, já não existe, ao menos para mim, acabou, meus amigos preferem wi-fi, me cobram por eu não responder  os SMS. Gente,  e eu lá carrego celular o tempo todo? Não uso isso a não ser quando saio de casa, sou antiga,  tenho telefone fixo, gosto de ouvir vozes...
Esse negócio de ficar digitando ao invés de falar ainda vai deixar as pessoas mudas. Meus amigos dizem que gostam muito de mim, são carinhosos comigo, mas não nos vemos mais, o wi-fi deles estraga tudo. A distância que há entre mim e meus amigos "reais" e virtuais é a mesma, e em certos momentos os amigos virtuais estão mais presentes que os "reais". Meus amigos "reais" sentem saudades,  mas nenhum deles está próximo de mim além do Facebook. É, aderi ao FB, era isso ou nada.
É por essas que ando "carente" de conversas com amigos, vigio para não ser um  daqueles seres que, se alguém disser "oi, tudo bem?", eu conto minha saga com minha solidão. Será que sou do tipo que adora uma solidão inventada? Tudo isso é normal hoje em dia e eu é que estou fora da realidade mundial?
Ainda vivo no passado... Ainda preciso de contato humano. Será que devo procurar um psicólogo? Será que ele vai me atender por Skype? Whatsapp? Será que tem wi-fi no consultório? Será que existe um lugar onde não tenha wi fi e que ninguém reclame disso?  


quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Quintal dos sonhos.



Meus sonhos morreram.
Agora, quero me mudar.
Quero uma casa com terra,
para enterrar os meus sonhos.
Quero sabê-los  lá,
em seu cemitério
no fundo do quintal,
para poder ir lá,
vez ou outra,
deixar umas  flores.









sábado, 13 de julho de 2013

Protestando - Não é só por R$21,00.




As nove, NOVE, salas de cinema da rede Cinemark de São Paulo da minha região só estão exibindo cópias dubladas do filme O Cavaleiro Solitário. Os outros cinemas da rede, que exibem cópias legendadas, estão localizados em bairros fora da região onde moro, distantes e de difícil acesso para mim, visto que não tenho carro.
E a pergunta que não quer calar é?...   Por que não tem opção de legendado?!


A dublagem brasileira é considerada uma das melhores do mundo, mas nada como a voz original, a interpretação original, a fala original. Eu admiro o trabalho de alguns dubladores, mas é um tal de Nicolas Cage falando como o Tom Cruise, Morgan Freeman falando como Robert Duval, Helena Bonham Carter falando como a Sandra Bullock, Sandra Bullock falando como a Nicole Kidman...   
Pra mim, e pra muita gente que conheço, ouvir a voz dos atores faz TODA diferença. Não vou  ver um filme com o Johnny Depp (o Johnny Depp!!) falando como o cara do filme da sessão da tarde. 

Pagar R$21,00 para ver um filme no cinema é caro, eu considero caro, mas pago. 
Pagar R$21,00 para ver um filme dublado porque o cinema quer, é um abuso, um insulto, um absurdo sem tamanho, eu não pago. 

Não é só pelos R$21,00,  é pela extrema falta de respeito com quem, como eu, faz questão do som original.

Deixo aqui o meu protesto!







sexta-feira, 28 de junho de 2013

Enrolada



Pessoas queridas, ando às voltas com um trabalho novo, algo que sempre quis fazer desde que terminei o curso de Letras, em 2009, e agora me surgiu a oportunidade. É um trabalho em  uma escola, que consiste em dar uma aula, uma atividade extra, na verdade, que a escola  não tem, que as outras escolas não têm, algo novo que eu propus, e o projeto agradou à dona da escola. É uma escola de idiomas, obviamente não dessas de rede/franquia, pois nessas, como todos sabem,  o franqueado não tem liberdade para empreender.
A autora do projeto não sou eu, é uma ex-professora minha na UNIP, onde me formei, o projeto foi  criação dela, faz parte da tese de Doutorado dela e meu nome está lá, eu fiz parte desse projeto, trabalhei nele nos dois últimos anos de faculdade dando aulas extra curriculares na própria UNIP, a alunos interessados que se inscreviam no programa, aulas essas que ocorriam uma hora antes do inicio da aula normal. Eu exercia essa atividade lá como aluna formadora, tenho certificados e tudo. O que fiz foi levar essa ideia à escola, incrementando-a com ideias minhas e adequando ao perfil e ao propósito de uma escola de idiomas. Eu já tinha uma certa autonomia na UNIP, chegou uma hora que a professora pegou confiança e me deixou agir por conta própria, eu apenas reportava, e ela orientava sempre que necessário.

Bom, falando um pouco sobre o  tal projeto: envolve literatura, cinema e  história no ensino de línguas estrangeiras, notadamente  língua inglesa.  Eu sempre pensei que quem aprende um idioma também deveria conhecer ao menos um pouco da historia do respectivo país, assim como sua cultura, sua literatura, sua arte, sua música, acho muito importante. O cinema sempre ajuda muito na educação, é muito importante inserir aulas envolvendo o cinema, e como  minha praia é a literatura, a ideia é relacionar tudo, idioma, historia, música e cinema com a literatura.  Acho interessante também, para quem estuda um idioma, saber como são feitas as traduções dos filmes, como são feitas as legendas, conhecer  algumas das várias técnicas de tradução, etc.

A escola ensina cinco idiomas: inglês, espanhol, francês, alemão e italiano, além de português para estrangeiros, então, tem muito trabalho, e eu vou aprender muita coisa, tem muito o que pesquisar. Material para língua inglesa - literatura e história - eu tenho, mas quanto aos outros países, preciso de muita pesquisa. Estou trabalhando no  preparo das aulas, reunindo material, esboçando os temas... o que está me ocupando bastante - e me deixando ansiosa também... Aff gente, como eu sou ansiosa! Até porque, não é certo e garantido que essa empreitada vai se realizar, tenho que montar a coisa toda, demonstrar uma ou duas aulas, e depois ver se haverá alunos suficientes interessados, e essas coisas todas.

Uma coisa tem me atormentado: não sei lidar muito..., bom, "muito" não é a palavra aqui, não sei lidar nada com tecnologia, com essas  coisas de "mídia" (e de fios!), e minha proposta prevê som e imagem, logo...
(acho que vou ter que arrumar um "assistente"...rs) .

Enfim.... E dá nesse vem e vai aqui. Ultimamente, mais vai do que vem.

Já falei, mas vou falar de novo, sinto falta daqui, sinto falta de postar, de comentar; ler eu até leio, mas comentar, com minha prolixidade, com minha propensão a fazer de tudo uma grande reflexão, um poema, um drama... (eu não queria falar isso. Eu não falei isso!) um sei lá o quê...   Coisa de pisciano? Dizem coisas terríveis sobre os piscianos... só que... não é bem assim, é que...
Pronto! A DDA já está desviando o assunto e o tema do post!...

Estou indo aos blogs amigos, lendo, e me envolvendo, e comentando, sempre do meu jeito, eu não sei ser de outro jeito. Eu sou assim, mas sou legal, acreditem.
Um beijo a todos vocês, meus amigos de blogosfera. Eu não os conheço fora daqui, não tive  o prazer, e vocês são tão meus amigos, nem sabem e nem imaginam isso.

Até já!


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Olá




Olá blogs que acompanho, olá  blogs que me acompanham, olá meu(s) blog(s).

Olá a todos.

Estou longe, mas estou (sempre) por perto.


segunda-feira, 29 de abril de 2013

Divino Divã









Me falta um Drummond num banco da cidade...

segunda-feira, 22 de abril de 2013

O Machismo prejudica a Humanidade


 

No dia 8 de março passado publiquei um texto, um tanto quanto irônico, sobre "ser mulher". O que escrevi, e/ou como escrevi,   até mesmo pelo tom que usei,  direto, sem eufemismos,  pode ter desagradado, mas que não dá pra negar que é exatamente daquela forma que (ainda) acontece, não dá. Naturalmente que há mulheres, umas poucas, que não são como citei, naturalmente que as mulheres hoje não agem de todas aquelas maneiras, mas qualquer uma daquelas atitudes é uma marca do preconceito contra o próprio gênero.
Hoje o texto é sobre a criação dos meninos, e, mesmo que  de forma indireta, tem muito a ver com o texto que escrevi, e tudo a ver com o que penso. Eu não tive um menino, mas se tivesse tido, seria assim mesmo que o criaria, pela minha visão de valores, pelas minhas próprias experiências, pelo que considero Humano.


PELOS DIREITOS DOS MENINOS

Que nenhum menino seja coagido a ter a primeira relação sexual da vida dele com uma prostituta (isso ainda acontece muito nos interiores do Brasil)

Que nenhum menino seja exposto à pornografia precocemente para estimular sua “macheza” quando o que ele quer ver é só desenho animado infantil.

Que ele possa aprender a dançar livremente, sem que lhe digam que isso é coisa de menina

Que ele possa chorar quando se sentir emocionado, e que não lhe digam que isso não é coisa de homem.

Que não lhe ensinem a ser cavalheiro, mas educado e solidário, com meninas e com os outros meninos também

Que ele aprenda a não se sentir inferior quando uma menina for melhor que ele em alguma habilidade específica – já que ele entende que homens e mulheres são igualmente capazes intelectualmente e não é vergonha nenhuma perder para uma menina em alguma coisa

Que ele aprenda a cozinhar, lavar prato, limpar o chão para quando tiver sua casa poder dividir as tarefas com sua mulher – e também ensinar e dar exemplo aos seus filhos e filhas

Na adolescência, que não lhe estimulem a ser agressivo na paquera, a puxar as meninas pelo braço ou cabelos nas boates, ou a falar obscenidades no ouvido de uma garota só porque ela está de minisaia

Que ele não tenha que transar com qualquer mulher que queira transar com ele, que se sinta livre para negar quando não estiver a fim – sem pressão dos amigos, sem a obrigatoriedade imposta a ele por ser "macho".

Que ele possa sonhar com casar e ser pai sem ser criticado por isso. E, quando adulto, que possa decidir com sua mulher quem é que vai ficar mais tempo em casa – sem a prerrogativa de que ele é  que tem  que prover o sustento e portanto ela é que tem que cuidar da cria

Que, ao longo do seu crescimento, se ele perceber que ama meninos e não meninas, que ele sinta confiança na mãe – e também no pai! – para falar com eles sobre isso e ser compreendido

Que todo menino seja educado para ser um cara legal, um ser humano livre e com profundo respeito pelos outros. E não um machão insensível. 

Acredito que se todos os meninos forem criados assim eles se tornarão homens mais felizes. E as mulheres também serão mais felizes ao lado de homens assim. E o mundo inteiro será mais feliz.

O machismo não faz mal só às mulheres, mas aos homens também, à humanidade toda.

Meu ativismo político é a favor da alegria. Só isso.

autora: Sílvia Amélia de Araujo



Foto do filme  Meninos de Kichute.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Passado



 

Tenho me remetido ao passado, à minha infância principalmente, tenho sentido muita nostalgia, e tenho avançado tanto no passado que passo do meu próprio tempo, procurando móveis antigos para comprar (meus Deus, como são caros!!!!). Cismei que preciso, que quero (não sei se preciso ou se quero) de uma escrivaninha antiga, sinto que uma escrivaninha antiga vai me trazer muita inspiração, sinto que uma escrivaninha antiga vai mudar a minha vida...  E é um sentimento bem forte.
Penso muito nas fotos de família, que não existem mais, foram jogadas fora, sem que eu soubesse, porque se eu soubesse que iam para o lixo eu as teria pego pra mim. Fotos de parentes que nem sei por onde andam, de tios e tias que eu amava muito, dos meus avós, de viagens com a minha mãe quando éramos crianças eu e minha irmã,  fotos do tempo da minha mãe, do tempo em que meus pais eram solteiros, do tempo em que eram vivos e estávamos juntos - minha mãe adorava fotos, qualquer coisa era motivo pra foto. Sinto vontade de ficar olhando essas fotos, seria como voltar no tempo...
Por falar nisso, e voltando à minha repentina fixação pelo passado, sabem quando a gente vai arrumar as gavetas ou armários e encontra a caixa de fotos, e aí para, senta no chão e passa o tempo da arrumação olhando fotos? Pois é, fiz isso recentemente.  
Hoje foto não tem mais graça, fica no celular, no facebook, no instagram.

 Coisas também têm acontecido para me remeter ao passado. 
Outro dia, zapeando, deparei com aquele filme " Em Algum Lugar do Passado", tinha acabado de começar. Nossa, que coisa isso, pensei. Vi esse filme em outra época da minha vida, gostei, agora vi com outros olhos, com outro espírito, a sensação foi outra.  Foi tudo de bom ter "reencontrado" esse filme, e foi uma coisa meio estranha ao mesmo tempo, uma estranha  coincidência. 
Hoje entrei numa loja e fui surpreendida com uma liquidação de chapéus, aqueles de usar na praia, muito estilosos, com aba, flor e tal. Adivinhem, experimentei vários. Nada a ver, mas me senti no século dezenove. Quem me conhece diria: sua cara isso, de ficar experimentando chapéu e fazendo pose de dama antiga...  O que eu via no espelho não era um chapéu de praia.

Devo estar maluca. Ou vou morrer logo, sei lá (não, não, isso não...). Ou pode ser que seja mais uma de minhas fases... Já tive até fase esotérica, estudei Anjos, Feng Shui, ouvi Enia...
Se eu for contar aqui das minhas fases...  


sexta-feira, 8 de março de 2013

Dia Internacional da perpetuação da espécie...

 


Ser mulher é: querer ter um filho homem para agradar ao marido, passar a vida tratando os filhos varões como bebês, criar seus filhos homens como bibelôs de porcelana rara, defendê-los e protegê-los enquanto eles enganam mulheres por aí, confirmar as mentiras deles, porque é com outra mulher, é só mais uma mulher na vida dele. É não educar seu eterno "bebê", desde cedo, de modo a respeitar a mulher como a mulher deve ser respeitada, e como ele próprio quer ser respeitado. Ser mulher é encobrir seu filho homem, ou seu irmão, sobrinho, primo, é fazer vista grossa, ignorar o modo como  ele age com outras mulheres, e achar tudo muito normal, porque "homem é assim mesmo", afinal, "homem é homem"... Ser mulher é dizer para outra mãe que ela que segure sua bezerra porque o seu "touro" está solto;  Ser mulher é "defender" o homem da nora, da cunhada ou de qualquer outra "rival" sem o  uso da razão. Ser mulher também é rir de piadas machistas e curtir publicações em redes sociais que denigrem a moral feminina e reforça a supremacia masculina, mas que só denigre a moral das outras, porque "a carapuça não lhe serve". Ser mulher é tomar o partido do homem quando esse reclama de outra mulher, sem saber a versão da outra mulher. Ser mulher é dizer que a amante do marido destruiu sua família. Ser mulher é dizer que uma mulher é desrespeitada por causa da roupa que usa, que se foi estuprada foi porque provocou.

Então, colegas, neste dia, minha mensagem é: se nós, mulheres, tão poderosas, ainda precisamos de um Dia, se ainda precisamos lutar, e muito, por direitos, por respeito, por igualdade, se ainda precisamos provar, provar nossa competência, provar nossa força, provar nossa inteligência, provar, provar, provar...  Se ainda precisamos de leis específicas para nos "proteger" e se ainda assim não fazemos uso delas... E se ainda choramos e sofremos com o descaso de um homem,  se ainda somos enganadas, trocadas como camisas, deixadas sem uma conversa, apenas com um "sumiço", se ainda somos traídas, e ou desrespeitadas até no nosso mais puro amor, não é por culpa de ninguém mais, a não ser de nós mesmas, que perpetuamos tudo isso.

O discurso moderno não é o do salto alto, o discurso moderno é o da UNIÃO. No mundo todo mulheres são a maioria, mas continuam sendo desrespeitadas, porque  não se unen, não  se respeitam mutuamente, ao contrário, competem o tempo todo, se degladiam o tempo todo, por tudo e muitas vezes por nada; Mulher não é solidária com mulher. Nisso, companheiras, temos muito o que aprender com os homens.
Nos achamos "poderosas", e somos mesmo, mas não porque usamos salto alto ou porque temos o poder da sedução, somos poderosas pela nossa força, pela nossa coragem, pelo que somos capazes de enfrentar, mas damos o Poder ao homens ao criá-los, e ao sermos coniventes com eles. 
O poder está na UNIÃO. Os homens, minhas caras, são UNIDOS, por isso ainda detêm o poder. E ainda contam com a nossa" colaboração"...
Pensem, repensem, pensemos todas, e nos repensemos, o dia Internacional da Mulher só serve pra isso.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Selo - Campanha de Incentivo à Leitura



 



Este é mais um selo que recebo do meu amigo Gilberto Carlos, do blog Gilberto Cinema - http://gilbertocarlos-cinema.blogspot.com.br   .

Muito obrigada, Gilberto, você sabe, duas coisas: o quanto gosto de leitura e o quanto te admiro.
Tudo irá ficar bem, porque se ainda não ficou bem é porque ainda não terminou.

Eu nao sei de quem é essa frase, mas eu a tenho sempre em mente.

Ofereço esse selo a quem, como eu, ama a leitura, ama a literatura, e a quem curte receber selos, naturalmente... rs . Estejam à vontade para levá-lo aos seus blogues.

Um beijo a todos, e até breve.








quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

14 de Fevereiro, Dia Internacional da Amizade (??!!)





Amizade (verdadeira) não tem dia. 
Comemorar dia da amizade é tão hipócrita quanto seria comemorar dia do caráter, da  sinceridade, da honestidade... Mas, é mais fácil, muito mais fácil, "comemorar" determinados valores que praticá-los. E tais valores são mesmo tão raros quanto amigos verdadeiros. Instituir, ou inventar, um dia para  determinadas coisas serve unicamente para que, ao menos por um dia, ou por uma postagem em uma rede social, tais coisas sejam lembradas. 
A propósito, o poema "Bons Amigos" não é de Machado de Assis.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Não estou nem aqui. Só que não...




Madrugada, uma insônia daquelas... que só os insones conhecem, e entendem. Resolvi vir aqui dar uma satisfação da minha vida.

Praticamente abandonei este blog, e abandonei meu blog de Edgar Allan Poe, só não deixei de amar Poe. Isso por uma fase da minha vida, mais uma fase da minha vida, estou vivendo um momento que considero especialmente importante, que preciso viver, momento de transições na vida profissional e de acontecimentos inesperados no campo sentimental...
Meus pensamentos estão voltados para esse momento, não consigo me concentrar em mais nada, e ter um blog é ter uma vida paralela, considerando a interação, que é de extrema importância e valia, e o respeito e a reciprocidade a quem nos lê, e assim a gente tem que se dividir, e neste momento não estou podendo me dividir tanto, e se a gente insiste em se dividir tanto, termina por não dar nada de si. Mas... os momentos passam, ou não seriam momentos...
Decidi escrever o que estou escrevendo pelas estatísticas e, principalmente, pelos que vêm até aqui, incondicionalmente, falar comigo, comentar algo, falar de si, mostrar seus pensamentos e sentimentos, deixar sua lembrança e seu carinho. Agradeço muito a vocês, não imaginam o quanto. 

Verinha, eu também vi O Corvo numa dessas madrugadas, e pelo que me disse e quando disse, vimos "juntas". Foi seu comentário, foi você se lembrar de mim ao ver o filme que inspirou este texto.

Eu volto com o blog de Poe. Volto com este blog também, mais assiduamente, e volto com os comentários nos blogs que gosto e muito.
Volto sim, no meu tempo, e numa coisa de cada vez.


Beijo e meu carinho sincero a todos.








segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Enquanto isso na Sala da Justiça



Chorando mimimis com um amigo:


AMIGO:  - Homem não presta.
EU:          - Será que não tem nenhum que presta?
AMIGO:  -Tem sim, o mundo é grande.
EU:          - Mas você falou por todos.
AMIGO:  - Porque nós somos assim.
EU:          - Nós? Então, você tambem é assim
AMIGO:  - Não, eu não sou assim, eu presto.
EU:          - Mas você disse "nós", logo...
AMIGO:  - Não vamos focar  em mim, voltemos à sua história...

sábado, 19 de janeiro de 2013

Eddy is no more...

19 de janeiro de 1809, nasce Edgar Allan Poe.






"Tem dias que a gente se sente como quem partiu ou morreu..."

No centro da roda viva da morte,

Perdido na rota morte da vida,
Tem dias que a gente se sente.

Tem dias que a gente se sente bicho noturno,

O Augusto morcego da consciência,
Aquela pantera, de nome Solidão,
Um corvo voando, asas negras meia noite afora,
Batendo janela adentro, dentro do coração,
Num fanatismo que espanca,
Quebranta
O mantra da sua maldição.
Nunca Mais... Nunca Mais...
Sempre e sempre.
Tem dias que a gente se sente poeta... sem razão.



sábado, 12 de janeiro de 2013

Não resisti...

Para os que fazem questão de MUITOS seguidores...







...Relaxa, é só uma piada...






quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Com o que você sonha, sem que niguém saiba?...



Em todo texto de astrologia falando sobre piscianos está escrito "são sonhadores..."

Ok, sou sonhadora, so what?

Não vivo de sonhos, a realidade é bem barulhenta e nem que eu quisesse... Mas, vez ou outra, quando a realidade não está olhando,  eu me permito sonhar.

Vou dar uns exemplos dos meus "sonhos", e alguém me diz, por favor, se sonhar assim é inaceitável, motivo para críticas e (ou) piadas, etc:  
Um dia eu estava andando pelo meu bairro e passei por dois imóveis que estavam à venda. Eram dois sobrados lindos, um do lado do outro, um sonho! rs. Como estavam em exposição eu quis entrar e dar uma olhada. Gente, que coisa aqueles sobrados! Um deles tinha até um pequeno jardim de inverno. Eu comecei a me imaginar morando ali. Não saí de lá lamentando nada, revoltada com nada, nem achando que um dia eu ia ter uma casa daquelas, porque, por mais que a gente sonhe, há sonhos e sonhos... Meu ex marido, muito realista, não entendia isso, se não vai comprar, pra que olhar?  Claro, faz sentido.  Esses "sonhos" são de vidro, e nessa hora eu os ouvia quebrar. 

Próximo à minha casa tem um shopping de móveis e decoração, é muito conhecido aqui esse shopping, Eu adoro tomar um café lá porque é muito tranquilo, quieto, e aí aproveito para olhar as lojas, ver os ambientes lindos. E quando algum vendedor vêm até mim, digo aquela frase que os vendedores odeiam: 'obrigada, estou só olhando...'  Gosto de coisas bonitas, e coisas bonitas me fazem sonhar.Quando saio do shopping, saio com coisas bonitas nos olhos, e deixo os sonhos lá.

Interessante, acabo de me lembrar: certa vez me candidatei a uma vaga de vendedora na Vivara, não pude trabalhar lá por causa da faculdade. Na dinâmica de grupo, a  moça do Recrutamento disse: 'nós vendemos sonhos'. Nunca me importei com jóias, esse é um sonho que nunca sonhei.

Gosto muito de dança, tenho ritmo, tenho facilidade em aprender dança, já fiz muita coisa nesse sentido e continuo fazendo, ainda que nem tanto quanto antes, mas... o meu maior sonho mesmo, mesmo mesmo, é saber cantar. Eu queria muito ter uma bela voz, ser afinada, eu adoro cantar. Não precisava ser cantora, só queria cantar bonito no karaokê, rs. Esse é um sonho que sonho quando paro e relaxo para ouvir as músicas que gosto, um sonho que eu sei que nunca vai se realizar. Eu brinco com esse sonho, conscientemente.

Como eu disse no início, esses são exemplos, tem outros, alguns bem... pessoais, íntimos (não confundir com fantasias...).

E vocês? Com o que costumam sonhar? Será que só os piscianos sonham? Não falo daqueles sonhos que a gente pode realizar indo atrás, batalhando, nem daqueles sonhos universais, como paz no mundo, igualdade e justiça para todos e etc.  falo de sonhos do cotidiano, sonhos pequenos, aparentemente banais, bobagens, como dizem alguns, ou muitos, mas que a gente sonha quando ninguém nos vê...

 Então, que sonhos banais sonham meus amigos de blogosfera?

domingo, 30 de dezembro de 2012

Feliz Ano Velho





Quando eu era criança, tinha pena do Ano Velho. Me lembro de como eu ficava triste quando ouvia aquela musiquinha dando adeus tão alegremente, aquele adeus tão animado (minha ideia de adeus já era outra), me parecia injusto demais com o pobre velhinho (não sei porque eu o imaginava um velhinho...) . Coitado, só porque ficou velho tem que ser desprezado?  Era meio assim que eu sentia.
Eu quase podia ver o Ano Velho se retirando em meio aos fogos da meia noite, olhando para trás, para aquela festa toda, ouvindo aquele coro de "adeus ano velho" e pensando:  nossa... será que fui tão ruim assim? 

Sou sempre grata ao Ano Velho. Entra ano e sai ano ele me deixa lições, me lembra que não nasci só para rir nem só para chorar, me fortifica com momentos bons e momentos críticos, me mostra a dimensão da minha força e da minha vontade com as coisas que consegui e com as que não realizei, me premia pelos acertos, me ensina com os erros. Aprendo um ano inteiro com ele, amadureço um ano inteiro com ele, e o melhor de tudo, é que ele sempre me deixa mais uma oportunidade de realizar o que eu não consegui realizar enquanto ele passava.

Por outro lado, sempre adorei a festa de boas vindas ao Ano Novo. A expectativa de sua chegada espana os ânimos, troca as cortinas, tira do armário a louça guardada, as toalhas brancas guardadas, dá a tudo um frescor de coisa nova, aquece o forno e a alma e renova as esperanças; mas nem por isso desprezo o Ano Velho, velho conhecido. 
O Ano Novo vem feito político recém eleito, cheio de promessas de emagrecer, de parar de fumar, de realizar sonhos e de  por  em prática velhos projetos de vida. É nesse total desconhecido que depositamos todas as nossas esperanças de renovação e mudanças. Ninguém sabe o que ele será capaz de fazer, mas a gente sente que ele fará só coisas boas, nos abraçamos acreditando que as alegrias serão de todos, é só querer...  Por alguma razão precisamos dessa sensação de vida nova todos os anos nas vésperas de um ano novo, e nos seus primeiros dias, enquanto não nos lembramos de que ele sozinho não pode cumprir suas promessas e antes dele se tornar velho e de tudo voltar a ser velho e o de sempre.

Eu, muito particularmente, não comemoro o ano novo, dou as boas vindas a ele, porque, para mim, comemorar  ano novo é o mesmo que comemorar o futuro; eu comemoro o ano que terminou, mais um ano de tantas coisas vividas, de tantas perdas e ganhos, de tantas batalhas vencidas e de derrotas também, e sobrevivi a tudo, de tantas novas lições,  mais um ano em que estou perto de quem amo.

Bom, este texto é uma despedida, e já está muito longo para alguém que detesta despedidas longas...  

Digo adeus a você, Ano Velho, mas te agradeço. Obrigada por todas as experiências e por todos os ensinamentos, por eu estar perto de quem amo, e por eu estar aqui, escrevendo estas bobagens.

Bem vindo Ano Novo (como diz uma tia, "Ano Bom"), que você seja bom mesmo para todos, que nos dê, não só as mesmas oportunidades que por algum motivo perdemos, mas muitas outras.

Eu? Vou continuar não entendendo... Vou continuar com este inconformismo... Vou ver os fogos da sacada  e experimentar de novo aquela estranha e inexplicável sensação de "algo novo" no ar...


Cheers!!






Agradecimento: Agradeço a Marcelo Rubens Paiva por ter tido (antes) a ideia do título deste post.

("Feliz Ano Velho", livro de Marcelo Rubens Paiva, 1982)

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Sons do cinza




Que é essa  tempestade ? Que raios são esses, que partem?
Quem é esse  vento que grita pelas frestas? Quanto mais estreita a fresta, mais alto o grito...



 Neste momento, em São Paulo.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Feliz Natal e Ótimo Ano Novo.

 Muito obrigada a todo mundo que acompanhou, que leu, que comentou neste blog... Muitas felicidades, paz e sucesso.  Tudo se renova, a vida dá um jeito.



sábado, 8 de dezembro de 2012

Aos fofoqueiros, as bananas!





Fofoca é um problema, um problema sem solução e sem fim. Fofoqueiros brotam todos os dias, feito praga. Hoje recebi um e-mail me esculhambando, de um blogueiro que me esculhamba há algum tempo já, tanto na blogosfera quanto fora dela. Desta vez foi porque o blogueiro recebeu um e-mail de uma blogueira, que não me foi identificada, sua identidade foi preservada...  O e-mail  da blogueira menciona a mim e o que tenho feito aqui.  Eu não tenho feito quase nada aqui, tenho estado ausente, mas o pouco que tenho feito foi reportado...

O que faço na blogosfera de alguma forma me denigre...  na mente do tal blogueiro. E não basta xingar e esculhambar  meu caráter, tem que me dizer que a blogueira não teve maldade alguma, que o e-mail dela foi  inocente...   Really... (?)

Eu tenho o que fazer, minha vida anda complicada de viver, e estou sem emprego, numa época do ano bem crítica pra conseguir recolocação, só isso já é o bastante para abalar. Se não é nada  para os outros, se existem problemas maiores, e claro que existem, para mim este está sendo o bastante, é o que tenho para o momento.
Não tenho enviado nem respondido e-mails com frequência,  já me expliquei quanto a isso com quem achei que deveria, também não tenho postado com a assiduidade de antes, e isso é perceptível, só não vê quem não quer, literalmente.  O que me resta de tempo e cabeça, uso para tentar me comunicar brevemente com quem me escreve, e para comentar brevemente em algum post, tentando estar presente na medida do meu atual possível, me desculpando pela ausência. 

Fofocas "inocentes", quem sabe também algum tipo de interesse, e abro minha caixa de e-mail com um "Bom Dia" repleto de xingamentos e esculhambações ao meu caráter e à minha moral, acompanhados de. uns "você deve estar fazendo isso", "deve estar dizendo aquilo", e "deve estar acontecendo isso" referindo-se às minha atividades na blogosfera, ou seja, nada de concreto, apenas imaginação, não sei se fértil ou se insana! 


Estou muito, muito de saco cheio!!



quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O tempo passa...



... São mitos de calendário, tanto o ontem como o agora, 
     e o teu aniversário é um nascer a toda hora...

 (Fragmento de "O tempo passa? Não passa." de Carlos Drummond de Andrade).


Hoje meu blog está especialmente grato a todos os que divagam por aqui, aos que só passaram por aqui, aos que ficaram, aos que se foram, aos que acabam por chegar, aos que nunca vieram mas quem sabe venham, aos que o leem em silêncio e aos que falam com ele.

Blog é coisa viva, criatura que a gente cria. Blog precisa de alimento. Blog faz poesia, conta historias, desabafa, reclama, revela, agrada, desagrada.  Não sei ...blog é meio gente... Faz até aniversário.

.

Hoje meu blog faz um ano. Muito obrigada, de todo o meu coração, a todos vocês que me ajudam e  embarcam comigo nesta minha aventura de ser blogueira.




domingo, 11 de novembro de 2012

Ouro e Prata







Tem muita coisa na vida que incomoda, mas há as que incomodam muito mais, coisas com as quais ou a gente se conforma e exercita a tolerância, ou se mata. No caso da blogosfera, deixá-la é uma solução mais fácil que tolerar. Bom, já deixei a blogosfera uma vez (com outro blog), e acabei voltando (com este blog), porque há muitas coisas boas aqui, só que, o que é bom na blogosfera é muito bom, mas o que é ruim é muito ruim!  
 "Rodar a baiana" definitivamente não combina comigo, então desta vez dei uma saída, me ausentei uns dias daqui, fui tomar um pouco de ar, respirar fundo, contar até dez. Saí à francesa, sem aviso.  Se eu fosse redigir um aviso, certamente minha emoção do momento por coisas que  estavam me incomodando além da conta na blogosfera me conduziria, e o que quer que eu dissesse seria a troco de nada, nada iria mudarTem um ditado oriental milenar muito bom pra essas horas: A palavra é prata, o silêncio é ouro. 

Tenho procurado encontrar meu ponto de equilíbrio aqui, ou seja, deixar de me importar, o que me é bem difícil, sou movida a emoção,  por vezes  me dá uma vontade de  falar, diretamente e com todas as letras,  o que penso sobre determinadas coisas  que leio, e então  me lembro da inutilidade disso, e do ditado oriental milenar...  Por outro lado, também me lembro de que não sou oriental... 

Bom, saí, respirei, e voltei.
Agradeço muito mesmo aos que estiveram aqui durante a minha "saída", a quem manifestou preocupação, a todos os que  me dedicam sua atenção espontaneamente, aos que me dão retorno, aos que também se importam.  

Enfim,  como se diz em italiano: e la nave va.








quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Halloween- Aula de Inglês




Módulo I


Português: Três bruxas observam três relógios "Swatch". Que bruxa observa que relógio "Swatch"?

Inglês: Three witches watch three Swatch watches.
Which witch watch which Swatch watch?



Módulo II

Português: Três bruxas transexuais observam os botões de três relógios "Swatch". Qual bruxa transexual observa os botões de qual relógio "Swatch"?

Inglês: Three switched witches watch three Swatch watches switches. Which switched witch watch which Swatch watch switches?



Módulo III

Português: Três bruxas suecas transexuais observam os botões de três relógios "Swatch" suíços.
Que bruxa sueca transexual observa que botão de que relógio "Swatch" suíço?

Inglês: Three Swedish switched witches watch three Swiss Swatch watches switches. Which Swedish switched witch watch which Swiss Swatch watch switch?


 Agora, repita em voz alta.


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Da Lua





"Não importa onde estejamos,
a sombra que corre atrás de nós
tem decididamente quatro patas."
(Clarissa Pinkola Éstes - Mulheres que
Correm com os Lobos)

                  Há dias esperando. Parecia mais tempo desta vez. Ansiedade!... Sempre parece mais tempo...Via os dias descerem e as noites subirem. Não, ainda não era hora.  Ainda não era a noite. E esperou. À medida em que os dias e as noites passavam, a sensação ia aumentando. Até que veio mais forte...
                 O sol se punha. O horizonte era uma pintura fauvista -  púrpura, laranja, e depois vermelho, vermelho,  o sol descendo, descendo, até sumir atrás de alguma coisa infinita, arredondada e azul. Sentia, agora, toda a intensidade daquela sensação tão conhecida, e esperada. Precisava de ar! Fechou os olhos e respirou profundamente o ar noturno, em seguida olhou o céu. Estava lá, a Lua Cheia! Havia chegado a noite! Mas era preciso calma, cautela. A visão da lua a tranquilizou. Confiante, saiu a passos firmes, cuidadosos, silenciosos, uma sombra sob o luar.

                   Na pequena cabana na clareira uma janela mostrava a luz de lamparina por trás da cortina. Pôs-se a observar. Mais algum tempo e a casa ficou às escuras. Começou a se aproximar, vagarosamente, até chegar ao centro da clareira. Nesse momento, um cão enorme saiu de trás da cabana e ficou diante dela, dentes arreganhados, ferozes. Porém, ao vê-la no clarão da lua, o cão se acalmou, baixou a cabeça e chegou mais perto. Ela o acariciou, e o cão voltou para de onde veio.

Aproximou-se da casa. A janela estava aberta. Sem fazer o menor ruído, entrou.
O homem dormia, ao lado dele a espingarda, vigiando. Foi em direção a ele e viu-o sob o luar que vinha da janela, e ficou a observar-lhe o rosto, os músculos, o físico... De repente, o homem abre os olhos, imediatamente procura a espingarda, mas, ao ver aquela criatura, na penumbra azulada, deslumbrante, nua, para, extasiado. Ela se aproxima, olhos brilhando na semi escuridão, e o homem se entrega àquela beleza, àquele contato, ao desejo...

O dia nasce.  Ela acorda, espreguiça-se e olha à sua volta. Lembra da noite anterior e sorri, satisfeita. Sentia-se bem.

No povoado, costuma-se contar histórias sobre um belo lobo que devora caçadores em  noites de lua cheia...






Este conto é de minha autoria, e faz parte da Blogagem Coletiva Lendas Urbanas.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Lendas Urbanas



Começa hoje mais uma blogagem coletiva da qual tenho muito prazer em participar, promovida pelo Christian V. Louis, autor do blog Escritos Lisérgicos e pela Pandora, autora do blog Uma Pandora e sua caixa.
Valendo-se do mês de outubro, quando se comemora o Halloween, evento que não faz parte da nossa cultura mas que  tem sido incorporado aos costumes brasileiros (brasileiro realmente acredita que o que é bom para os EUA é bom para o Brasil...),  o Christian e a Pandora tiveram a ideia desta blogagem, cujo tema um dia já arrepiou a nuca de todos nós, as lendas urbanas. Todo mundo conhece pelo menos uma. Eu tinha medo de ir no banheiro da escola, mas não perdia as reuniões do copo...

Contos de mistério e suspense, histórias do sobrenatural, "causos" e lendas rurais, e tudo o mais que possa, como diria Edgar Allan Poe "talhar o sangue", também valem para esta blogagem.
A Pandora gentilmente disponibilizou o livro Assombrações do Recife (LINK) , do escritor Gilberto Freyre (1900-1987) para ser sorteado entre os participantes da blogagem.

Publicarei minha participação dentro do tempo de duração da BC, que vai até dia 31, Halloween.
O tema  não poderia ser mais interessante e agradável para mim... rs.

Deixo meu convite de participação a todos que lerem este post.

TRICK OR TREAT...!










terça-feira, 23 de outubro de 2012

Divagando sobre a velhice...






... me lembrei de alguém que conheço, uma "quase parente", que deixou sua mãe num asilo porque lá ela seria melhor cuidada do que em casa. .
Me perguntei se alguém consegue dormir depois....

Ela terá companhia, terá com quem conversar... O lugar é lindo, cheio de árvores... A gente vai visitar ela todo final de semana...
De fato, iam.
Ouvi dizer que os olhos da velha senhora brilhavam de felicidade quando chegavam as visitas, e choravam, suplicantes, quando elas iam embora.
Ouvi dizer que a quase parente se sentiu culpada quando a velha senhora morreu...

Penso se não é preferível  a "dignidade" de não atrapalhar a vida de quem a gente ama, sendo um ser inútil e dependente, incapaz de cuidar de si, que precisa de fralda geriátrica e outros "cuidados",  se não é preferível ir para um asilo (usam o termo "casa de repouso" para amenizar o medo de quem vai e a culpa de quem leva...).
Mas que seja um asilo bonzinho, que não maltrate, que não bata, nem esqueça de dar a sopinha, que não deixe torrando no sol nem congelando na varanda, já basta o tempo para maltratar. Será pedir muito?

Será que vou chegar a esse ponto? Será que vou chegar a envelhecer tanto?  Será que vou querer ir para "um lugar lindo, cheio de árvores"?... Será que vou querer "ter com quem conversar"?... Passar os dias  repousando..., olhando pela janela,  esperando os domingos...
Acho que vou querer estar com aqueles a quem amo, sem atrapalhá-los...

O tempo tem passado tão rápido... Dá medo.  

Ah, mas se eu for para um asilo, ops... casa de repouso... ninguém vai repousar, coisa nenhuma, porque eu  vou  promover gincanas de jogar torta na cara, bailes da saudade à fantasia, vou ameaçar os funcionários com  Travessuras ou Gostosuras no mês das bruxas, vou montar um coral e cantar Oh Happy Day o dia todo (dizem que pessoas velhas desenvolvem manias) e uma banda pra tocar A Little Less Conversation de noite, vou ouvir muito Guns'n Roses, Michael Jackson e Amy Winehouse, e vou mudar o nosso visual de velhinhos,  usaremos roupas estilosas e coloridas, tão coloridas quanto fosse possível deixar os restos das nossas vidas...


revolta idosa roqueiros






sábado, 13 de outubro de 2012

Selos - Quebrando Regras

Antes de me referir ao tema deste post, quero agradecer aos parceiros que, mesmo eu tendo estado ausente de seus blogs, não por negligência, mas por uma momentânea impossibilidade, têm vindo até aqui. Estou, aos poucos, retomando a atividade nos blogs amigos.



Há alguns dias (ou seriam semanas...?) recebi o selo acima do meu fiel parceiro Gilberto Carlos, do blog Gilberto Cinema. O selo é concedido pela beleza do blog, tanto pelo visual quanto pelo conteúdo. Poxa... e eu recebi o selo... Nhaa...
Bom, ele me disse que eu poderia conceder esse selo a cinco blogs (aah... só cinco?...).
Desculpe Gilberto, mas vou ter que desobedecer essa regra, vou concede-lo a seis blogs.


Eu realmente tenho outros para indicar, mas já fui abusada demais.

Agradeço muito ao Gilberto por me conceder esse selo, fiquei muito feliz de saber que ele gosta do Divagações.



Este outro selo, Versatile Blogger, me foi concedido mais recentemente pelo meu parceiro Christian V. Louis, autor do Escritos Lisérgicos. As regras para levar o selo são: mencionar quem o concedeu, dizer sete coisas sobre mim e indicar quinze pessoas para recebê-lo.

Ok, vamos lá:

Sete coisas sobre mim:

1 -  Ansiedade, teu nome sou eu. Sou meeega ansiosa. Tipo: ainda nem cheguei no portão do prédio e já estou preocupada em procurar a chave de casa na bolsa. Sim, eu sei, tem que ter um lugar na bolsa só para a chave. Então, o problema e esse, tem. E a chave sempre está lá!
Percebem?
Bom, isso é só um exemplo...

2 - Sou meio atrapalhada...
Exemplo: Na cozinha: Para fazer um arroz com feijão, bife e salada, demoro duas horas e sujo quase toda a louça do armário. E ainda queimo o pano de prato. Quase sempre.
Outro exemplo: Me atrapalho com coisas de computador, de internet, do blog, esse então... vivo excluindo comentários por erros de digitação (tem hora que o que  escrevo parece palavras de verificação), postando o que não é para postar, excluindo o que não é para excluir, e por aí vai), enfim...  Mas, uma coisa é certa, sou muito curiosa, aprendo muita coisa na curiosidade, e na vontade de aprender (na necessidade também.).

3 - Odeio fios!  Não me conformo,  estamos em pleno século vinte um, como ainda tem tanto fio assim?! Atrás do meu rack tem um emaranhado de fios, da TV, do telefone sem fio (??!!...), do DVD, do som, das caixas do som (cada caixa tem dois fios...), da  NET Virtua (alguém aí, traduza "wireless", por favor) e do aparelho da NET TV. E tem uma régua para tudo isso, ou seja, mais um fio! O notebook tem o carregador, que tem fio; o celular (telefonia móvel?) também tem carregador, mais fio! Fora os cabos: cabo isso, cabo aquilo. Estamos na era digital, na era 3D, e na era do  fio!!

4 - Sou um pouco distraída...  Exemplo: compro as coisas, pago, e deixo a mercadoria lá. Não é raro irem atrás de mim:  moça, olha, você esqueceu!
Deixo coisas no táxi: guarda chuva é o campeão de regularidade. Pastas e sacolas estão em segundo lugar. Celular foi só uma vez. A carteira..., bom,  foi só uma vez também... O taxista a levou pra mim em casa no mesmo dia, antes de eu me dar conta de que a havia perdido...  Meu queixo caiu, ainda tem gente assim, boa e honesta.
Ah, e teve uma vez que deixei o cartão de débito no supermercado, e outro dia foi a chave de casa, no mesmo supermercado.
Esqueci meu TCC no balcão da gráfica.

5 - Adoro óculos de sol. Para ir na padoka, aqui do lado, boto meus óculos de sol (se tiver sol, né?, lógico.)

6 - Danço sozinha em casa ouvindo música. E "danço" significa dançar, como se estivesse numa festa, ou na dança de salão, e neste caso, meu parceiro é invisível e eu o conduzo, nada mais lógico...

7 -  Sou uma criatura noturna. Sempre funcionei melhor à noite. Antes de eu me mudar para um apartamento, morava em um sobrado. Os vizinhos ficavam abismados (assustados é melhor...) de me verem arrumando a casa de noite. Ainda hoje ponho roupas para lavar na máquina à noite.
Não gosto de sair de dia, detesto passeios diurnos, tipo pique nique, churrasco, eventos em sítios ou afins como casamentos, aniversários, festas de confraternização, etc..  Não me convidem, mas se me convidarem, não contem comigo.
Já devo ter sido morcego, coruja, vampiro...

Bem, era isso. Pediram só sete...

Christian, algumas das quinze pessoas em que pensei já receberam o selo, duas outras parecem não ser caso de selos (refiro-me aos seus blogs), e outra não gosta de selo, então, fico devendo seis blogs. Põe na conta, tá?  Muito obrigada por me incluir, de coração.

And the seal goes to...

Gilberto Carlos - Gilberto Cinema
Patricia Cristina - Caminhos Internos
Pandora - Uma Pandora e sua Caixa
Suzane Weck
Victor Said - Poesia Três Potes
Jacques -  Relativa Seriedade (corrigido, Jacques... rs.)
Nadia V- Palavra em Movimento
Al Reiffer - O Fim
Mauro Castro - Taxitramas

Observação:  Não sei se todos gostam de selos. Que ninguém se sinta constrangido por não aceitar. 




quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Não é só mais um besteirol feicebuquiano.


Bom, repetindo o que eu já disse aqui diversas vezes... tenho um perfil inativo no Feicebuque (escrevendo igual ao Herculano Neto  blog POR QUE VOCÊ FAZ POEMA?) e recebo as atualizações via e-mail. A grande maioria eu excluo sem abrir, mas, tem algumas que realmente me fazem ir lá para checar. Esta, que vi hoje, foi uma delas:



domingo, 7 de outubro de 2012

Edgar


Em 7 de outubro de 1849, morreu Edgar Allan Poe, três meses antes de completar quarenta e um anos de idade.
Todos que leem este blog sabem da minha admiração e predileção por esse escritor norte americano, que não é, como muitos acreditam, mero autor de contos de terror. Edgar Allan Poe é poeta, prosista, ensaísta e crítico literário; é, por assim dizer o "inventor" dos contos policiais, pioneiro na ficção científica, um teórico das "shorts stories", e mestre no gênero. Aproveito o post para convidar meus parceiros e a  todos os que leem minhas divagações para conhecerem meu blog A Extraordinária História de Edgar Allan Poe  http://eapoeeoutrashistorias.blogspot.com.br/, que hoje estou reativando.

O poema abaixo é de minha autoria, composto no ano passado em homenagem ao escritor, e  faz referência à sua obra mais conhecida e mais traduzida, o poema "O Corvo" (The Raven).


Edgar, the alone poet


Em uma meia noite
De um quarto algures
Onde Luzes de velas
Criam sombras vivas,
A pena do Poeta
Desliza
Sobre folha quieta.

E eis que ouve
Esse Poeta
Em sua  porta
Asas Negras
De desesperança
Trazendo
Trágicas lembranças
Da amada morta.

O pobre Poeta
Amargurado,
Fraco, entristecido,
Abre a porta,
Dá abrigo,
Tira da noite
Fria e escura
Aquela criatura
Que lhe traz
A certeza de que
Jaz
Entre  hostes celestiais
Seu anjo amado,
Lenora...

O ingrato pássaro negro
Repetindo seu refrão
Fere como a fogo
Fundo o coração
Daquele Poeta
Que amaldiçoa:
Maldita ave que negreja!
Vai-te!
Voa!

Mas o pássaro da negritude
Sem outra atitude,
Sobre o busto de Atena
Permaneceu
A professar  sua cantilena

E eu,
Em toda noite fria,
Em toda meia noite
Escura e fria,
Penso naquele Poeta,
Onde estaria,
Se em seu quarto
Com seus Ais,
Ou se Poeta, Nunca Mais...


                                                           

                                                         *********


(...)

Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento. Toma-o, esquece com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"

Disse o corvo, "Nunca mais".

E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,
Libertar-se-á... nunca mais!
(versos finais do poema O Corvo, na tradução de Fernando Pessoa)

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

4 de Outubro - Dia Mundial dos Animais




O Dia Mundial dos Animais foi criado na Áustria, em 1929, com o objetivo de chamar a atenção para as espécies em extinção, para os maus tratos e exploração dos animais, e para conscientizar o mundo da importância dos animais para a sociedade e para a vida. 
A data foi escolhida em homenagem a São Francisco de Assis, que defendia  e protegia os animais e cuja morte ocorreu em 04 de Outubro de 1226. A primeira comemoração do Dia Mundial dos Animais foi em  04 de Outubro de 1930.
Em 27 de Janeiro de 1978, homens da Terra se uniram e aprovaram a resolução dada pela ONU a respeito dos direitos dos animais. Tais direitos foram registrados quando a UNESCO, em 15 de Outubro de 1978, publicou os direitos dos animais através da aprovação da Declaração Internacional dos Direitos do Animal, proposta pelo Dr. Georges Heuse, cientista e secretário-geral do Centro Internacional de Experimentação de Biologia Humana.
Os direitos dos animais devem ser defendidos por Lei como os direitos humanos, no entanto, a Declaração permanece desconhecida, e / ou desrespeitada.

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DOS ANIMAIS:
• Os diretos dos animais devem ser defendidos por lei.
• Todos os animais devem ter o mesmo direito à vida. Ninguém é dono de uma vida.
• Todos os animais devem ter direito ao respeito e à proteção do homem.
• Nenhum animal deve ser maltratado.
• Nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem sofrimento.
• O animal que o homem escolher para companheiro nunca deve ser abandonado.
• Todo ato que coloque em risco a vida de um animal deve ser considerado um crime contra a vida.
• Todos os animais silvestres devem ter o direito de viver livres no seu habitat.
• A destruição do meio ambiente pelas queimadas e a poluição devem ser considerados crime contra os animais.
• O homem deve ser educado desde a infância para observar, respeitar e compreender os animais.
PREÂMBULO
• Considerando que todo o animal possui direitos;
• Considerando que o desconhecimento e o desprezo desses direitos têm levado e continuam a levar o homem a cometer crimes contra os animais e contra a natureza;
• Considerando que o reconhecimento pela espécie humana do direito à existência das outras espécies animais constitui o fundamento da coexistência das outras espécies no mundo;
• Considerando que os genocídios são perpetrados pelo homem e há o perigo de continuar a perpetrar outros;
• Considerando que o respeito dos homens pelos animais está ligado ao respeito dos homens pelo seu semelhante;
• Considerando que a educação deve ensinar desde a infância a observar, a compreender, a respeitar e a amar os animais,
PROCLAMA-SE O SEGUINTE:
Artigo 1º - Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.

Artigo 2º - Todo o animal tem o direito a ser respeitado.

O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o dever de pôr os seus conhecimentos ao serviço dos animais
Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à proteção do homem.

Artigo 3º - Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a atos cruéis.

§ único - Se for necessário matar um animal, ele deve de ser morto instantaneamente, sem dor e de modo a não provocar-lhe angústia.

Artigo 4º - Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de se reproduzir.

§ único - Toda a privação de liberdade, mesmo que tenha fins educativos, é contrária a este direito.

Artigo 5º - Todo o animal pertencente a uma espécie que viva tradicionalmente no meio ambiente do homem tem o direito de viver e de crescer ao ritmo e nas condições de vida e de liberdade que são próprias da sua espécie.

§ único - Toda a modificação deste ritmo ou destas condições que forem impostas pelo homem com fins mercantis é contrária a este direito.

Artigo 6º - Todo o animal que o homem escolheu para seu companheiro tem direito a uma duração de vida conforme a sua longevidade natural.

O abandono de um animal é um ato cruel e degradante.

Artigo 7º - Todo o animal de trabalho tem direito a uma limitação razoável de duração e de intensidade de trabalho, a uma alimentação reparadora e ao repouso.


Artigo 8º - A experimentação animal que implique sofrimento físico ou psicológico é incompatível com os direitos do animal, quer se trate de uma experiência médica, científica, comercial ou qualquer que seja a forma de experimentação.

§ único - As técnicas de substituição devem de ser utilizadas e desenvolvidas.

Artigo 9º - Quando o animal é criado para alimentação, ele deve de ser alimentado, alojado, transportado e morto sem que disso resulte para ele nem ansiedade nem dor.


Artigo 10º - Nenhum animal deve de ser explorado para divertimento do homem.

§ único - As exibições de animais e os espetáculos que utilizem animais são incompatíveis com a dignidade do animal.

Artigo 11º - Todo o ato que implique a morte de um animal sem necessidade é um biocídio, isto é um crime contra a vida.


Artigo 12º - Todo o ato que implique a morte de grande um número de animais selvagens é um genocídio, isto é, um crime contra a espécie.

§ único - A poluição e a destruição do ambiente natural conduzem ao genocídio.

Artigo 13º - O animal morto deve de ser tratado com respeito.

§ único - As cenas de violência de que os animais são vítimas devem de ser interditas no cinema e na televisão, salvo se elas tiverem por fim demonstrar um atentado aos direitos do animal.

Artigo 14º - Os organismos de proteção e de salvaguarda dos animais devem estar representados a nível governamental.

§ único - Os direitos do animal devem ser defendidos pela lei como os direitos do homem.