Detesto que me roubem a solidão sem me dar em troca verdadeiramente companhia. (Friedrich Nietzsche).

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Passado



 

Tenho me remetido ao passado, à minha infância principalmente, tenho sentido muita nostalgia, e tenho avançado tanto no passado que passo do meu próprio tempo, procurando móveis antigos para comprar (meus Deus, como são caros!!!!). Cismei que preciso, que quero (não sei se preciso ou se quero) de uma escrivaninha antiga, sinto que uma escrivaninha antiga vai me trazer muita inspiração, sinto que uma escrivaninha antiga vai mudar a minha vida...  E é um sentimento bem forte.
Penso muito nas fotos de família, que não existem mais, foram jogadas fora, sem que eu soubesse, porque se eu soubesse que iam para o lixo eu as teria pego pra mim. Fotos de parentes que nem sei por onde andam, de tios e tias que eu amava muito, dos meus avós, de viagens com a minha mãe quando éramos crianças eu e minha irmã,  fotos do tempo da minha mãe, do tempo em que meus pais eram solteiros, do tempo em que eram vivos e estávamos juntos - minha mãe adorava fotos, qualquer coisa era motivo pra foto. Sinto vontade de ficar olhando essas fotos, seria como voltar no tempo...
Por falar nisso, e voltando à minha repentina fixação pelo passado, sabem quando a gente vai arrumar as gavetas ou armários e encontra a caixa de fotos, e aí para, senta no chão e passa o tempo da arrumação olhando fotos? Pois é, fiz isso recentemente.  
Hoje foto não tem mais graça, fica no celular, no facebook, no instagram.

 Coisas também têm acontecido para me remeter ao passado. 
Outro dia, zapeando, deparei com aquele filme " Em Algum Lugar do Passado", tinha acabado de começar. Nossa, que coisa isso, pensei. Vi esse filme em outra época da minha vida, gostei, agora vi com outros olhos, com outro espírito, a sensação foi outra.  Foi tudo de bom ter "reencontrado" esse filme, e foi uma coisa meio estranha ao mesmo tempo, uma estranha  coincidência. 
Hoje entrei numa loja e fui surpreendida com uma liquidação de chapéus, aqueles de usar na praia, muito estilosos, com aba, flor e tal. Adivinhem, experimentei vários. Nada a ver, mas me senti no século dezenove. Quem me conhece diria: sua cara isso, de ficar experimentando chapéu e fazendo pose de dama antiga...  O que eu via no espelho não era um chapéu de praia.

Devo estar maluca. Ou vou morrer logo, sei lá (não, não, isso não...). Ou pode ser que seja mais uma de minhas fases... Já tive até fase esotérica, estudei Anjos, Feng Shui, ouvi Enia...
Se eu for contar aqui das minhas fases...  


16 comentários:

  1. Estou sempre em algum lugar do passado,
    às vezes acho que moro lá.

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  2. Não precisa ser uma escrivaninha antiga. você pode mandar fazer uma com um modelo antigo. Isto ajuda. E funciona. rsrsrs
    Beijos!!

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    1. Oi Jan!

      Ah, mas nada se compara a uma escrivaninha que "viveu" em outras épocas... A energia dela é mais que ela própria... Entende? rs.

      um beijo!

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    2. Faça uma e deixe sua energia que com certeza será melhor que a energia de alguém que vc nem sabe que tipo de energia vem.
      Beijos!!

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    3. Olha, Jan, bem que eu pensei isso tbm, viu? sobre a energia não ser tão favorável, mas a minha intuição, o meu sentimento é tão forte que eu sei que vou me interessar pela peça certa, entende? A lei da atração... rss

      um beijo!

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  3. Confesso que sou muito nostálgica. E isso não é um bom sinal para mim.

    Momentos assim, curtos, também são válidos!

    Falando em móveis antigos, quando eu tiver o meu apê, quero tudo com roupagem de época. Geladeira, escrivaninha, penteadeira....

    Acho que nasci na época errada!

    beijos

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    1. Às vezes eu tenho essa mesma sensação, a de ter nascido em época errada. E fico pensando que época seria a certa? Seria no século dezenove? (eu simplesmente amo o século dezenove), seria no tempo dos faraós? (eu adoro o Egito antigo,me fascina demais!).
      Sobre os móveis antigos, se eu te disser que já me desfiz de móveis de família, e de móveis que ganhei de uma senhora que se mudou para outra cidade, como a nova casa seria menor, ela me deu os móveis antigos. Hoje dou com a cabeça na parede cada vez que me lembro, porque, além da insensibilidade (sem falar na burrice) para coisas tão belas e que não existem mais, eu nunca imaginei que móvel antigo pudesse ser tão caro! Afff.
      Gosto muito de decoração, e agora móvel antigo, de época, se tornou uma nova paixão para mim rs.
      Qdo for comprar, ou mesmo só de curiosidade, dá uma olhada no Mercado Livre, tem coisas lindíssimas. Vi até uma penteadeira indiana lá que eu amei.
      Um beijo.

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  4. Olá amiga querida.
    Que delicia te ler novamente, seu post ficou incrivel, também amo moveis antigos e são caros mesmo.
    As vezes também me bate uma nostalgia do que se foi e do que aconteceu. Tenho algumas fotos, mas na real não gosto de ficar olhando muito me deprime, a saudade é tão grande, não aprendi ainda a superar uma perda e a da minha avó foi terrível.
    Não tem aquela frase :"Recordar é viver"
    Não penso que você esteja maluca, somente em uma face saudosa.
    Concordo com a resposta acima, uma escrivaninha do passado guarda muitas energias e muitas indagações.
    Amei sua visita, fiquei muito feliz.
    Um belo domingo, beijos.

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    1. Verinha, sua linda,rs

      Eu te entendo qdo vc diz que não gosta muito de ver certas fotos pq dá saudade, saudade de quem já se foi e de quem a gente queria muito ainda ter por perto. Eu sei como é. Mas eu até que gosto de lembrar, minha saudade não é uma saudade dolorida, é uma saudade apenas, misturada com nostalgia, mais ainda dos meus avós paternos, que foram os parentes com quem tive mais contato e de quem mais tive o carinho na infância, ficava na casa deles, no sul de Minas, nas minhas férias de escola. Me lembro de uma casa abandonada em que eu brincava, perto da casa deles, já até escrevi aqui sobre essa casa cheia de mistérios... rs, para nós, crianças.

      Qto à escrivaninha, uma antiga carrega muitos mistérios... E eu quase nem gosto de mistério, né? rs.
      Eu é que fico feliz com sua presença e seu carinho.

      beijo pra você.

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    2. kkkkkk, Agora sei de onde vem esta paixão por mistérios. Onde vivi também tínhamos uma casa abandonada sim, mas eu nunca fui a corajosa da turma.
      Deixando meu carinho. Beijos.

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    3. Verinha, desde criança ten ho essa atração por mistérios. Na época dessa casa, eu já acordava pensando em ir brincar lá... rsss. Às vezes meus amigos da rua não queriam e eu ficava "xatiada"... rsrsrs

      Obrigada pela presença sempre carinhosa. beijo sincero!

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  5. Tem uma música linda que diz que...
    "O passado é uma roupa que não nos serve mais."
    Mas mesmo assim a gente quase sempre quer voltar a vestí-lo.
    Abraço forte.

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  6. Exato, Gilberto, se a gente vasculhar o armário, vai encontrar roupas que ainda servem, isso se a gente não mudou demais. Além disso, a "moda" sempre acaba retornando, é só dar uma repaginada... ;)

    Um abração.

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  7. Fala parceira!
    Quem sumiu mais tempo? Eu ou você? rs.
    Lendo seu texto, se o que está sentindo a respeito de obter esta escrivaninha é realmente forte, interpreto como necessidade.
    Se é algo que vai colaborar com sua inspiração, em definitivo, é uma necessidade. rs.
    Acho legal coisas antigas, dependendo de como pessoas lidam com isto, deu para perceber que você e Verinha lidam de modos diferentes. Ela tem coisas a ser superadas ainda, se é que certas coisas se superam...
    Não tenho muito este saudosismo, porém, penso que seria muito bom viver na época onde os autores e a literatura em geral eram mais valorizados.
    A Fox vai passar o Contos de Edgar a partir de maio, não teve como não lembrar de você.
    Bem vinda de volta e boa quinta.

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    1. Oi parceiro! rs... Não sei quem sumiu mais tempo, acho que sumimos e reaparecemos juntos rs. Olha, sobre a escrivaninha, é forte sim, quero uma que seja antiga, acho que vai me trazer inspiração, não sei o que é, de verdade...

      A Verinha tem razão, a gente às vezes não quer lembrar do passado, mas há coisas que eu gosto de recordar, recordar é viver, como dizem, rs. Coisas boas eu gosto de lembrar. Qdo vejo fotos de um passado feliz, fico saudosa, a verdade é que tenho saudades de pessoas mais do que das épocas.
      E vc, querido, não tem tempo de sentir saudosismo, é muito jovem, deixa passar dos trinta e depois vc me fala... hahaha...
      Os autores de épocas passadas, na verdade, só foram mais valorizados depois de suas mortes, infelizmente.

      E vc acha que eu não estou ligada na série da Fox? rss O primeiro episódio já estreou, com o conto Berê, adaptação de "Berenice". Eu perdi pq não estava em São Paulo, onde eu estava não tinha TV a cabo, aliás, fugi mesmo de tv e internet... hehehe. Fiquei bem feliz de vc ter lembrado de mim, muitos do meus amigos me disseram o mesmo, rs.
      Vou voltar com meu blog de Poe, em breve.

      Muito bem vindo de volta, Christian, e como dizem aqui em Sampa: "é nóis!"

      Bom fim de semana, e até a proxima postagem!

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Costumo responder aos comentários aqui no blog. Todas as opiniões são bem vindas, e importantes. Gosto de saber das pessoas o que pensam, o que sentem, o que gostam. Você que lê e prefere não se manifestar, quem sabe um dia volte para me dizer algo. Não tenho pressa, eu espero.

Divagar é preciso...