Detesto que me roubem a solidão sem me dar em troca verdadeiramente companhia. (Friedrich Nietzsche).

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Hiato


Do meu apartamento
olho a chuva na tarde
o vendaval na árvore
o granizo nos telhados

Respiro a tempestade

Ouço um sax
modismo dos noventa

Vôo ao que me inspira
divago...

Dentro de mim
silêncio

Lá fora
a chuva cai

E só
E nada mais.




10 comentários:

  1. oi! bonito poema, simples, coeso. Acho interessantes suas ideias, hehe e também teu blog tem informação demais! mas é legal!

    Sobre a questão dos "Avulsos pós-punk" são o que são, uns versos avulsos em que penso no decorrer do dia e anoto, organizo... o pós-punk é só um adjetivo pra inquietação.

    grande abraço pra você, boa semana!

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  2. Informação demais... Você acha? Mas não tem nem fundo musical, cursor de estrelinha... Eu, quando vou ao seu blog, levo uma lanterna...
    rsrs...

    Ah... então é isso? (sobre os "avulsos pós punk"), adjetivo para inquietação. Olha, funciona, viu? Gostei.

    Obrigada, Davi.

    beijo.

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  3. Não gosto muito de hiatos, prefiro as junções. Apesar que um hiato durante a chuva é até bonito! Abraços.

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  4. Gilberto, esse hiato seria um hiato criativo. Apesar do "clima", não vinha inspiração. Ma as boas junções são preferíveis mesmo, concordo.

    Abração.

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  5. Chuva... Há algo mais inspirador? Talvez haja, mas a chuva é a orquestra mãe da imaginação! Perfeito poema! Amei!

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  6. A chuva inspira, seu barulho, suas gotas, seu cheiro... Mas eis que vem um hiato...

    Obrigada, Victor.

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  7. Adoro as tempestades, Alessandro.

    beijos.

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  8. Seu texto me fez lembrar de um poema de Fernando Pessoa que gosto um que diz: "O dia deu em chuvoso./A manhã, contudo, esteve bastante azul./O dia deu em chuvoso./Desde manhã eu estava um pouco triste./Antecipação! Tristeza? Coisa nenhuma?/Não sei: já ao acordar estava triste./O dia deu em chuvoso."

    Enfim... Foi só uma lembrança!

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    Respostas
    1. Olá, Pandora.
      Fico feliz que meus versos tenham feito você se lembrar dos versos de Fernando Pessoa. Te agradeço, sinceramente, por você ter passado por aqui e deixado essa lembrança, que não é "só" uma lembrança, é uma linda lembrança, um gesto muito delicado.
      Sobre o Hiato, eu estava num clima que tinha tudo para inspirar, e aí tentei escrever, mas, hiato ... Enfim, o que me inspirou a escrever esse poema foi justamente a falta de inspiração. rs.

      Muito Obrigada!

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Costumo responder aos comentários aqui no blog. Todas as opiniões são bem vindas, e importantes. Gosto de saber das pessoas o que pensam, o que sentem, o que gostam. Você que lê e prefere não se manifestar, quem sabe um dia volte para me dizer algo. Não tenho pressa, eu espero.

Divagar é preciso...