Detesto que me roubem a solidão sem me dar em troca verdadeiramente companhia. (Friedrich Nietzsche).

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Estetoscópio




Doutor
Há sons do coração
Que não se ausculta
Se escuta

Coração tem voz

Tem dor do coração
Doutor
Que não se aprende
Se sente
Somente

Não é doença,
É só dor
E dor só

Dói de dia
De noite
Madrugada

E quando assim
Dói o coração
A essa dor
Não há remédio
Unguento
Injeção

Nem cura
Nem nada 

Tempo... 

Tempo...

Tempo... 

Badaladas

Tic nervoso
Tac cardia

Tempo...

Tempo...

Tempo...

Longo tratamento

Se o seu coração
Doutor
Não doeu assim

Quem sabe um dia...





Imagem: Hugh Laure - "House"


4 comentários:

  1. Ai daquele que nunca sentiu o pulsar de um coração assim. Passará por esse mundo em brancas nuvens e não saberá jamais o que é de fato o verbo amar! Poemas assim, são provas de que a poesia vem mesmo de dentro.

    Até me inspirou um post que deixarei lá na Poesia Três Potes.

    Belíssima arte!!!

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  2. Essas "dores do coração", sejam de amor ou de saudade, ou de tantas outras coisas, nos ensinam muito, às vezes nos "endurecem" também. Só mesmo tendo um coração pra saber, rs.

    Obrigada por sua gentileza, Victor. Irei lá ler o post.

    18 de fevereiro de 2012 01:15

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  3. As dores do coração são as mais difíceis de se tratar e principalmente de serem curadas.

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  4. Seria ótimo se existisse um remédio bem mais rápido que o tempo, para essas dores, náo é?

    Muito Obrigada, Gilberto.

    um abraço pra você.

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Costumo responder aos comentários aqui no blog. Todas as opiniões são bem vindas, e importantes. Gosto de saber das pessoas o que pensam, o que sentem, o que gostam. Você que lê e prefere não se manifestar, quem sabe um dia volte para me dizer algo. Não tenho pressa, eu espero.

Divagar é preciso...