- Dona, a senhora tem
um prato de comida pra me dar?
- Espere um pouco.
Minutos depois...
- Toma. Não tem muito, não, é o que eu tenho aqui.
- Muito obrigado, Dona, Deus abençoe. Olha, Dona, a senhora me dá licença de sentar aqui na sua calçada pra comer?
- Se não for fazer sujeira, pode.
- Não vou fazer sujeira, não, a senhora pode ficar sossegada. Eu tenho uma vasilha e vou por metade dessa comida quentinha e cheirosa na vasilha, mas não vou fazer sujeira nenhuma, a senhor vai ver.
- O senhor vai guardar para depois? Vai estragar.
- Não, Dona. É para o meu amigo.
- Mas é tão pouco. E o senhor está pensando no seu amigo... Eu não tenho mais...
- Não se preocupe, Dona, o que a senhora deu está bom
demais, tem dia que a gente nem
come. Eu divido tudo com ele, a gente está junto há tanto tempo que eu nem sei.
E o homem sentou-se ao lado do amigo, e ambos comeram, no
silêncio da resignação e da amizade incondicional. Depois, homem e cão se
foram, o homem carregando tudo o que tinha, trapos e cacarecos, o cão a
pular e latir para o homem, abanando a cauda, o homem a rir para ele.
E os dois amigos viraram a esquina, para mais um dia que ninguém sabe.
E os dois amigos viraram a esquina, para mais um dia que ninguém sabe.
Belo poema.
ResponderExcluirParabéns!!
}Beijos!!
Obrigada Janice.
ResponderExcluirbjos.
que legal.. saber compartilhar com um verdadeiro amigo.. e o cão.. não há realmente amigo melhor. Não é em vão que dizem ser o melhor amigo do homem..
ResponderExcluiraproveito a oportunidade para agradecer os parabéns pelo meu aniversário e dizer que tb gosto muito de nossa convivência virtual! bjao
Essa história é real, Moiselle, aconteceu com a minha segunda mãe (madrasta). Lembra que eu te disse que , se eu fosse fotógrafa, ia focar nessas imagens de moradores de rua com seus cães? Como só posso escrever, montei essa história, rs...
ResponderExcluirAh, e como foi a festa? rs
bjo!
que bacana que foi uma história real.. a festa.. bom, abafa o caso. bjs!
ResponderExcluirOk, abafo o caso... Já vi o resumo...
ResponderExcluireu me lembro mesmo de vc ter comentado que, se fosse fotógrafa, iria tirar essas fotos... mas com palavras vc retratou bem! bjs!
ResponderExcluirObrigada, Moiselle. Bom que você gostou, e se sensibilizou. Só quem gosta mesmo dos animais...
ResponderExcluirbjos!
Os andarilhos conhecem a linguagem das ruas e dos que passam por ela, há momentos que eles se tornam a rua e nos mostram o caminho. Sou andarilho de mim mesmo, e vivo mendigando fiapos de poesia. E o que tenho aqui, que de suas mãos brotam, são um banquete aos meus olhos.
ResponderExcluirOlá, Victor. Andou sumido.
ResponderExcluirTem muitas histórias de andarilhos que são pura poesia. Essa é uma delas, e foi real!
Obrigada por seu comentário, muito gentil, como sempre.
Um abraço.
Olá, Ligéia.
ResponderExcluirHistória muito verdadeira esta, que se repete todos os dias.
Creio que as pessoas que vivem na rua costumam dividir o pouco que tem com os amigos (no caso, um cão) porque elas sabem que, para quem nada tem, um pouco que seja faz toda a diferença do mundo.
Abraço.
O lindo dessa historia real é que ele tinha o cão como seu amigo mesmo, e dividia o pouquíssimo que recebia da caridade alheia com ele, mesmo com a incerteza de outro prato de comida no dia seguinte.
ResponderExcluirE muita gente que tem tudo, não divide nada, muito menos com um cão.
Obrigada,Jacques.
Um abraço .
Quem nunca se deparou com estes personagens "anônimos?" e seus fiéis companheiros?
ResponderExcluirNão há nada maior que o amor de um cão e o mais comovente é que, nestes casos, o amor realmente é correspondido a altura.
Muito legal o post Ligéia.
Sério, quando eu soube dessa história, eu chorei... rs. Sou uma bobona mesmo com histórias que envolvem animais,cães principalmente.
ResponderExcluirTenho muita pena desses moradores de rua que estão sempre com seus amigos cães. Tem até os que dormem abraçados com eles. Essas pessoas não têm nada, ninguém se importa com elas, mas elas têm amor, bondade, solidariedade, e respeito pelos outros e pelos animais. O cão é o único amigo que um morador de rua pode ter.
Essa história é muito bonita, mamis. Cada vez que me lembro da cena me vêm lágrimas nos olhos. E você retratou-a muito bem. Revivo tudo cada vez que leio.
ResponderExcluirTe amo!
Você é meu orgulho e minha inspiração.
Oi filhota! Feliz por ver você aqui, meu amor. É uma história bonita e comovente mesmo, que você presenciou e me contou. Obrigada!
ResponderExcluirTe amo muito mais!