Detesto que me roubem a solidão sem me dar em troca verdadeiramente companhia. (Friedrich Nietzsche).

sábado, 11 de agosto de 2012

Blogagem Coletiva - Vegetarianismo E Veganismo - Qual o seu (o meu) conceito?



"Eu te vejo, irmão.  Que teu espírito se junte a Eywa, teu corpo fica aqui para se tornar parte do povo."

Recentemente, li dois textos que falavam sobre vegetarianismo e veganismo: um na visão teísta, outro na visão ateísta. Esses textos me foram indicados por um amigo blogueiro, quando comentei em um post seu sobre vegetarianismo. Não concordei muito com esses textos. O primeiro, o da visão teísta, foi escrito por um escritor mexicano de livros de ocultismo chamado Samael Aum Weor (nome verdadeiro: Victor Manuel Gómez Rodriguez). Ele é considerado entre seus adeptos o "Quinto Anjo do Apocalipse", o "Senhor do Quinto Raio", é também fundador de um movimento gnóstico e de uma igreja da mesma linha, além de um partido político. Apesar dele ser  tudo isso, não sei quem é.
Em seu texto ele diz:

"Em nome da verdade, devo dizer que existe uma grande lei que se poderia denominar assim: LEI DO ETERNO TROGO-AUTOEGOCRÁTICO CÓSMICO COMUM. Tal lei tem dois fatores básicos, fundamentais: comer e ser comido. Alimentação recíproca entre todos os organismos".

Bom, nunca ouvi falar  nessa "lei do eterno trogo-autoegocrático cósmico comum" (?) que não é bem explicada no texto dele, mas até que concordo, em parte, com o que ele diz no parágrafo que destaquei, pois nós comemos, e o que comemos volta à terra, que nos come de novo.
No segundo texto, o autor, um dos membros de um site administrado por professores e cientistas (segundo consta lá), em tom de pilhéria e deboche, defendia o consumo de carne com o mesmo argumento do 'mestre gnóstico' no que diz respeito à importância do consumo desse alimento para a sobrevivência do ser humano. O texto é repleto de piadinhas e gozações para com os que defendem  o vegetarianismo e/ou o veganismo, seja por questões espirituais, seja por questões de estilo de vida, de crença, seja por se  importarem com as causas referentes aos animais
Tanto um quanto outro podem ter alguma razão, mas daí a afirmar que, como seres onívoros, sem as propriedades da carne a gente adoece e morre... Não é bem assim.
Eu não sou qualificada para dizer se a carne é ou não insubstituível nutricionalmente, nem para falar se os vegetais são nutritivos o bastante para se dispensar a proteína animal, o que sei, sei porque li em estudos científicos, sei por me interessar por Nutrição e assuntos referentes à saúde, sei porque tenho uma Nutricionista na família, e principalmente porque conheço exemplos vivos e saudáveis de vegetarianos e veganos.

Conheço uma família inteira, de seis pessoas, o casal e quatro filhos, todos fortes, saudáveis, todos vegetarianos. O casal, vegetariano desde que se casou; os filhos, vegetarianos  desde o nascimento, todos já adultos, fortes, saudáveis, inteligentes, ativos, e, detalhe: nenhum dos quatro filhos desse casal nunca tomou uma vacina , uma sequer. Isso por uma convicção dos pais. Conheço também um educador canino profissional, um rapaz de porte atlético que é vegetariano vegano convicto. Ele treina cães em domicílio, passeia profissionalmente com todo tipo de cachorro, sai com cães de tamanhos enormes nas ruas, dá aulas, vai de uma casa à outra, tem a agenda cheia. Quem olha para essas pessoas vegetarianas e/ou vegana que citei,  não vê gente desnutrida,  fraca, desanimada, pálida, com cara de panda, vê gente alegre, ágil, saudável, disposta, magra, e calma.
É óbvio demais que a  interrupção do consumo de carne sem a devida orientação pode causar danos à saúde. Não é possível dormir onívoro e acordar vegetariano, não é simples assim. Seja o que for que leve uma pessoa a ser ou se tornar vegetariana ou vegana, é imprescindível  ter  orientação de um (a) nutricionista, pois é necessário atentar para as quantidades e fazer as substituições corretamente.
O CRN 3- Conselho Regional dos Nutricionistas, órgão que orienta e fiscaliza  os profissionais de nutrição dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, sempre baseado em estudos e comprovação científica, obviamente, divulgou este ano seu parecer favorável às dietas vegetariana e vegana. A Secretaria da Educação de São Paulo, em novembro de 2011, introduziu cardápio vegetariano nas escolas; à merenda escolar  foram  introduzidos alimentos à base de proteínas de soja, em substituição à carne.  Como, então, o vegetarianismo é prejudicial à saúde? Quanto ao veganisno, os nutricionistas alertam para o fato da dieta vegana requerer mais atenção do ponto de vista nutricional.

Falando agora de mim.
Não sou vegetariana, dou preferência a legumes e verduras - adoro uma verdurinha  no azeite e no alho, adoro uma sopinha de legumes, um sanduíche natural, gosto de salada, mas não dispenso carne, consumo  de duas a três vezes, por semana. Sinto,sim, necessidade da carne. Na verdade, sinto necessidade do paladar da carne, do prazer de comer um bife acebolado, de ir a uma churrascaria (embora consuma pouco), e gosto também de um peito de peru, uma mortadela cortada bem fininha num pãozinho francês bem crocante, no entanto, me incomoda consumir esses alimentos.  Sinceramente, não sei qual é a minha, pois ao mesmo tempo em que gosto de uma carninha, sou contra matar um animal para comer. Comer vivo? Não é isso. É que, se eu tivesse que matar pra comer, ou eu me viraria com outras coisas, ou morreria de fome.
Tenho muita pena dos animais. Alguém já leu sobre o que um animal sente na iminência de sua morte assim? Os animais são tomados de um medo terrível, o coração acelera, a adrenalina deles sobe a níveis elevadíssimos, os músculos enrijecem , são acometidos de pânico, um pânico silencioso, mas que se vê em seus olhos... Eu não posso com isso.
Os métodos usados para matar um animal que virará de tudo nessa vida são cruéis, todo mundo sabe disso. E ver um animal ser morto para virar comida é traumatizante! Quando criança,  via matar galinha, torciam o pescoço dela, e depois ela ficava em agonia, estrebuchando até morrer, ou cortavam o pescoço e deixavam a bichinha lá, pendurada de cabeça pra baixo, ainda viva! Com uma bacia em baixo aparando o sangue. Que frieza! Que coisa macabra!
E quando alguém resolvia matar porco? Meu Deus! Aquilo era cruel demais! Gente sem nenhuma habilidade matando o animal aos poucos! Eu não sabia onde me esconder para não ouvir.
Quando eu  ia para o litoral com meus pais ou tios,  eu via na estrada  homens vendendo caranguejos vivos. Eu via os bichinhos pendurados, no sol escaldante. Até hoje é assim. Eles ficam lá pendurados, horas e horas a fio. E  eu sei que, na hora de prepará-los, jogam os caranguejos e lagostas vivos na água fervendo!  E tem as vitelas, o carneiros, cordeiros, leitõezinhos, e leitoas... Gente, não dá.  Como alguém consegue comer filhotes, fetos, matar uma vaca que está com bezerrinho na barriga, para comer a carne dela e do bezerrinho. E ainda  chamam de "baby beef", são mais macios, tenros...  Não basta ser carne, ter sangue, tem que ser tenro!Como conseguem comer leitão ou leitoa, vendo o leitãozinho inteirinho na mesa, com os dentes, os buracos dos olhos, ou vê-lo pendurado no açougue?! E coelho! Como podem ter coragem de matar e comer coelho?!
Não como cordeiro, vitela, cabrito, bezerro, codorna, nenhuma das chamadas "carnes exóticas": javali, cobra, jacaré... Acho que meu espírito evoluiu ao ponto de  rejeitar esses tipos de carne. Não como galinha morta em casa nem em granjas (demorou pra isso ser proibido!) não como filhotes, galetos...
Mas, ainda assim eu como carne, como frango, como peixe. E ai?  Como a carne do boi que já foi  morto, processado, e congelado, mas entro  em conflito interior quando vejo  bois e bezerros em algum noticiário ou documentário falando sobre pecuária e gado de corte.  Como a carne de frango cortada em filé,  que é de um frango já morto e congelado, mas enfrento o tal conflito quando vejo no mesmo noticiário os bichinhos para serem mortos, ou já mortos e pendurados em fila em um frigorífico.  Conclusão: me sinto hipócrita.
No filme Avatar, os habitantes de Pandora consideram os animais seus irmãos. Ao matarem um animal para comer, agradecem a ele por lhes "dar" o alimento da sua carne .  Isso não é hipocrisia? O animal não está "dando" nada, estão tirando sua vida para comê-lo. Ainda assim há uma intenção de respeito à vida, à natureza, aos animais, o golpe é certeiro, a  morte é instantânea, sem nenhum sofrimento, o que o povo de Pandora chama de 'morte limpa'.

Mas, se (ainda) consumo carne, por outro lado não uso mais nada de couro, nada de pele legítima, nada de bicho nenhum. Sei que usam animais na indústria cosmética, o que não sei é em quais dos produtos que uso tem o sacrifício de um animal, não imagino um animal sendo torturado para a fabricação de um shampoo.
E me perdoem, mas eu detesto um certo povo, um povo que come cachorro, que mantém fazendas de criação de cachorros para tirar-lhes a pele para fazer sei lá o que, roupa, bolsa! Eu passei mal na  faculdade quando um colega de sala  contou que viu um vídeo mostrando como eles tiram a pele desses cachorros. Tive uma crise de choro, voltei para casa passando mal e fiquei mal psicologicamente durante muito tempo. Isso não é gente, é coisa do inferno! E travesseiros de ganso, e penas de avestruz e de pavão para enfeitar pavões humanos e "musas" do carnaval que não usam nada além do bronzeado e penas nas costas!

Voltando ao assunto da carne: Eu admito, como carne pelo prazer, e não pensando na necessidade nutricional. Todos comemos carne pelo prazer, não pela necessidade nutricional. Nesse ponto, pelo menos, não sou hipócrita.

Acredito que o fato de eu  rejeitar a ideia de matar para me alimentar e de reconhecer o sacrifício do animal que morre para me alimentar indica que meu espírito caminha para uma evolução maior. Chegará o dia em que eu não comerei mais carne de espécie alguma, seja nessa existência, seja em outra, pois acredito no vegetarianismo e no veganismo como evolução.





A quem interessar, abaixo os links dos textos citados e do CRN3:

http://www.gnosisonline.org/textos-especiais/vegetarianismo-a-luz-da-gnose/  (visão teísta)
http://ceticismo.net/ (visão ateísta)
http://www.crn3.org.br/atualidades/newsletter_vis.php?cod_mail=855  (parecer do CRN)

14 comentários:

  1. Na selva , na lei natural, existe a caça para se alimentar. Seria natural se o homem não fosse tão impiedoso. Ele mata por um instinto ruim. Para receber troféu.
    Quanto as vacinas,vai de sorte. Minha irmã mão vacinou o filho e ele teve Paralisia Infantil. O fato é que o filho pagou por um capricho dela.
    Tenho um irmão que nunca comeu carne, sempre teve uma vida totalmente regrada, sem álcool, muito vegetal, exercícios físicos e adquiriu diabetes aos 3 e poucos anos.
    O fato que tudo isto vira especulação e quem ganha é o comércio.
    Beijos!!!!

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    1. Oi, Janice, bom, não estamos na selva, e o homem tem opções, não precisa matar para comer. Principalmente nós, que somos privilegiados com tanta agricultura (tinha que ter ao menos uma coisa boa neste país). Mas, se tiver que matar, que mate "limpo", não faça o animal sofrer. E não arranca a pele do bicho vivo para vestir madames. Os animais vão direto onde têm que ir.
      Sobre as vacinas, acho que é uma atitude extremista deles, mas tem um detalhe que eu não mencionei: eles são mais que vegetarianos, são naturalistas. Eles se tratam, se cuidam, mas se tratam exclusivamente na homeopatia, além de serem 100% vegetarianos, ou seja, o organismo deles é outro. Há quem use a homeopatia de vez em quando, só que "de vez em quando" não é 'exclusivamente'; não sei se a homeopatia é tão eficaz, mas sei que assim, "misturado", ela não funciona. Tem os que "dizem" que vão na homeopatia, mas isso até não ter algo grave, aí correm logo para a alopatia. O que eu quis salientar foi a convicção, eles não deixam de vacinar por irresponsabilidade, muito pelo contrário. Eu acredito que eles sabem o que fazem, e admiro a convicção.
      E sobre o diabetes, por isso é que não existe isso de mudar a alimentação da noite para o dia sem acompanhamento profissional. Sem a carne, ele precisou de mais carboidrato, e acabou desenvolvendo diabetes. E pode ser que ele já tivesse predisposição para diabetes e não sabia, e aí o excesso de carboidrato só acelerou o processo. O vegetarianismo não causa doenças, mas tem que procurar orientação profissional antes de optar por ele.

      Um beijo!

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    2. Quando falei "na Selva" na verdade eu queria falar em oportunidades. Quem nem todos tem, e isto tem vários motivos. Minha irmã é macrobiótica. Pra falar a verdade eu pouco entendo, como peixe e frango e pouca carne bovina. Esqueci. Você tem razão.
      Beijos!!!

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    3. Ai que bonitinho o seu avatar, Janice. Muito fofinho rs.

      Ah, sim, entendi sobre a selva, me desculpe.

      Legal sua irmã ser macrobiótica, é uma alimentação bem natureba também, com ênfase na harmonia entre mente e alimento. Interessante essa dieta.
      Eu também como peixe, frango, e carne bovina, e carne de porco (mais raramente), mas como pouco, aliás, como pouco qualquer comida, só como mais doce, é minha perdição. rs. Um dia eu chego lá, no vegetarianismo!

      um beijo!

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  2. "nós comemos, e o que comemos volta à terra, que nos come de novo.".
    Meio sinistro, não tinha pensado por este prisma, mas se pararmos para pensar, é exatamente assim. ahahahaahaha.
    Eu nunca tinha nem ouvido falar neste cara, contudo, eu não vejo muito o vegetarianismo ou veganismo sendo uma causa teísta ou ateísta. Embora muitos espiritualistas creiam que, ao comermos a carne, ocorra uma troca de fluídos, tipo, se o animal sentiu muito medo ou sofrimento ser morto, nós absorvemos esta energia.
    Contanto, tal como você, eu discordo de fazer deboches a respeito disto. Não podemos provar se é real ou não.
    Até onde sei, a carne é sim substituível, tal como os derivados de animais, mas há um porém... É preciso ter dinheiro para adotar este estilo de vida e isto senti na pele, ao menos em nosso país, alimentos veganos não são baratos. E, para fazer estas substituições que a carne supre em nosso organismo, nossa dieta ainda tem que ser indicada e acompanhada por um nutricionista. Li relatos nesta Blogagem de pessoas que tentaram ser vegetarianas por conta própria e sentiram-se fracas, não conseguindo seguir adiante. Portanto, discordo que seja talvez apenas pelo paladar, em alguns casos parece que há pessoas mais propensas a ter um organismo mais fraco quando não consome carne. Ou suas dietas foram inadequadas.
    Eu nunca vi um animal ser morto pessoalmente para alimentação como você viu. Mas vi diversos em vídeo e o porco, ele libera um grito horrível. É realmente agonizante e, por isto, meu consumo de carne suína é mínima.
    Também vi vídeos onde animais tem as peles retiradas quando ainda estão vivos... É sinistro, o cara espancava os animais e, como não morriam, iam tirando a pele. Choca realmente, foi o que me influenciou a não fazer mais uso do couro comum, como sempre fui fanático por coturnos, hoje opto apenas pelos de couro sintético, podem durar menos, mas não me importa.
    Eu ambém acredito no vegetarianismo e no veganismo como uma evolução e creio que, talvez com o tempo não haja somente a conscientização, mas também condições para que ao menos a maioria das pessoas possam adotar este estilo de vida.
    Parabéns pela participação parceira, muito bem argumentada e com embasamento.

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    1. Mas é exatamente assim. Os bichos da terra comem a gente, e a gente vira adubo. É um ciclo (já assistiu O Rei Leão? rsrs...).
      Eu repudio qualquer tipo de deboche. Até ironia e sarcasmo têm que ser finos, inteligentes, senão vira deboche, mal gosto. A carne é substituível, sim, e acho um absurdo comparar humanos com animais carnívoros, quem faz isso esquece de que, primeiro: não somos bichos (embora muitos sejam piores), segundo: nosso organismo é diferente, eles foram "projetados" para SÓ comer carne, nós não. Temos opções e o poder de optar, só que essa opção não é para qualquer um, tem que convicção, consciência, um ideal que não seja só emagrecer ou evitar doenças, aliás, isso é só consequência. Tendo o ideal, tem que ler sobre o assunto,e procurar orientação profissional. Sobre couro e peles, eu já usei couro, mas não sabia o que sei hoje, e não tinha a consciência que tenho hoje. e minha conscientização foi além do sofrimento do animal, foi porque não vejo a menor necessidade de alguma coisa ser de bicho. Penso assim também em relação à madeira: agora, como praticamente não existe mais madeira, e a que existe é ilegal, é de desmatamento, e a legal ficou cara demais, porque envolve tempo e altos investimentos em reflorestamento, inventaram o MDF. E olha que é tão bom quanto a madeira, e caro! Porque a necessidade leva à procura, e o resto a gentejá sabe.

      Olha, Christian, nunca queira ver um bicho morrer, ainda mais nessas condições.
      Eu nunca vi e não vejo videos ou filmes desse tipo, não ver já me causa um mal horrível!

      Eu que te agradeço, parceiro Christian, pelo comentário, pelo teor do comentário e por mais essa oportunidade de discussão em torno de temas interessantes e relevantes, parabéns a você também.

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  3. Olá Ligéia,
    Que texto maravilhoso, muito bem elaborado, gostei muito. Apesar de ser uma carnívora, já diminui o consumo de carne vermelha, sinto muita falta no meu organismo e nunca experimentei ser vegetariana, como escrevi em meu post quem sabe um dia.
    Beijinhos amiga e uma semana maravilhosa.

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    1. Verinha, querida, muito obrigada. Eu também como pouca carne, acho que é um começo do fim do consumo de carne, porque já comi mais do que como hoje. O mais importante é a conscientização, essas coisas muitas vezes têm que ser gradativas, porque é muito do cultural também, tendo as informações a gente vai adquirindo a consciência, e um dia a gente chega lá.

      Se um dia optar pelo vegetarianismo, antes consulte um nutricionista, hein? rs ;).

      Um beijo! Ótima semana pra você.

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  4. Em síntese: "Estamos na mesma turma, também me sinto hipócrita!"

    Também como carne porque sinto necessidade do paladar da carne, minha justificativa é que: gosto de tão poucos alimentos e a carne está entre eles então aiiiii...

    Enfim... me identifico com você Ligéia!!!

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    1. Se o vegetarianismo "causa doenças", a carne, com toda certeza causa muito mais, mas é como fumar, tomar coca cola, se empaturrar de comidas gordurosas e de doces, tudo isso dá prazer, e o que dá prazer ninguém que largar, aí acha mil motivos (desculpas) pra continuar.
      Pandora, não só estamos na mesma turma de comer carne por prazer, estamos também na mesma turma de assumir isso.

      Adorei! um beijo!

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  5. Boa tarde, Ligéia.
    Parabéns pelo excelente texto.
    Essa blogagem coletiva aborda um assunto bem controverso e interessante, afinal, somos onívoros por natureza, e vegetarianos por opção.
    Evolutivamente, o consumo de carne pela nossa espécie foi algo necessário, já que, na época, ainda não havia o conhecimento necessário para se viver em um único local, e a agricultura ainda era inexistente.
    Só que agora não dependemos mais do consumo de carne para podemos viver, e temos apenas de escolher o que consumimos.
    A questão do sofrimento animal (tanto na criação) como no abate é algo que deve ser considerado, já que não é uma coisa que desejamos a nenhum ser vivo.
    Um bom livro sobre esse assunto é O Homem e o Mundo Natural, de Keith Thomas (da excelente coleção Companhia de Bolso, da Companhia das letras), onde ele explica o porque de muitas de nossas atitudes em relação aos animais.
    Ah sim, como biólogo, nunca ouvi falar da LEI DO ETERNO TROGO-AUTOEGOCRÁTICO CÓSMICO COMUM, que mais me parece papo de pseudo guru de internet.
    Abraço, Ligéia.

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  6. Boa tarde, Jacques. Muito obrigada.
    Você disse uma coisa muito importante, o vegetarianismo é uma opção, pois temos escolhas. Mas não basta "optar" pelo vegetarianismo, e aí bato na tecla na convicção, e da informação também, que é igualmente importante.
    Essa lei do eterno trogo não sei das quantas... Também nunca vi, nem nunca ouvi falar desse Samael, e olha que sou antenada, rs.
    Segundo a internet, ele é autor de setenta livros de ocultismo!...

    Um abraço, Jacques.


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  7. Boa tarde. Achei muito interessante sua participação na blogagem coletiva (não participei desta vez, mas estou lendo os blogs de quem participou - aos poucos). Me pareço com você nisso, não suporto a ideia de animais sendo torturados, mas ainda não consigo ficar sem comer nada de carne, principalmente frango. Quem sabe, não "evoluo" com o tempo também?

    Quando vi seu comentário no meu blog, a respeito do poema, fiquei de cara.. como assim rasgaram as fotos de sua mãe? Vou te contar, me deu até um aperto no peito.. sério. Seu comentário me tocou muito, resolvi vir até aqui em vez de responder lá. Estou fuçando teu blog e gostando muito dos textos, querida.
    Abraços!

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  8. Oi Mari. Que bom te ver aqui. Olha, a gente sabe que deveria mudar esse hábito infeliz, mas nascemos e fomos criados nesse regime da carne, e demoramos para adquirir consciência do problema. Mas agente já sabe, e estamos saindo desse regime gradativamente, na medida do nosso possível, e sabemos que vamos nos limpar disso tudo.
    Sobre as fotos, é verdade, jogaram no lixo as fotos do meu passado. E quado li seu poema, vi o retrato da dispersão do meu passado, da minha infância, passado que é importante pra mim e que trago comigo. Muito obrigada por ter escrito aquele poema.

    um beijo!

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Costumo responder aos comentários aqui no blog. Todas as opiniões são bem vindas, e importantes. Gosto de saber das pessoas o que pensam, o que sentem, o que gostam. Você que lê e prefere não se manifestar, quem sabe um dia volte para me dizer algo. Não tenho pressa, eu espero.

Divagar é preciso...