Detesto que me roubem a solidão sem me dar em troca verdadeiramente companhia. (Friedrich Nietzsche).

segunda-feira, 12 de março de 2012

Ontem




Noite passada vi  o céu iluminado
E vi a  luz que o iluminava
Vinha da lua

E estava lindo o céu assim
iluminado

Era o mesmo céu
que já foi seu
e meu
Era o mesmo azul
de veludo escuro
que nos cobria
e acobertava

E aquela estrela solitária
que para nós piscava
a cada toque mais ousado...

E me lembrei
que a lua
Tão grande e grandiosa lua
Lua Cheia de si
te namorava
E te vi dela enamorado
E eu, enciumada
te vi subir
pelos raios enluarados
E se deitar na via láctea
As estrelas com seus mimos
A te rodear
E lua a te beijar
Com seus beijos de luar

Hoje não tens lua
Ela saiu para luar
A outros seduzir
Mas sozinho não estás
Mil estrelas te acompanham
Só, nunca estarás

Senti um frio de solidão
O sereno a cair
O mesmo céu já não me cobre
Aquela estrela que piscava
Lá ainda estava
Triste, apagada.

Agradeci a ela

Fechei a janela
Fui dormir



6 comentários:

  1. A noite sempre nos trará belíssimos poemas, bem mais que o dia. Por que será? Bjos.

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  2. Isso é um mistério, Reiffer, tanto quanto a propria noite.

    Obrigada.

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  3. A noite é uma luz! Lindo poema, querida! Beijos :)

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  4. Oi Natália. Concordo. A noite ilumina e sensibiliza a mente, inspira.

    Obrigada.

    Um beijo.

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  5. A Lua e as estrelas são testemunhas fiéis da criação humana. E quando as observamos, nada pode haver senão inspiração e poesia!

    cada poema seu, um é mais lindo que outro.

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  6. Sim, Victor, a noite é muito inspiradora.

    Não sou poeta como você.
    Te agradeço muitíssimo.

    Um abraço

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Costumo responder aos comentários aqui no blog. Todas as opiniões são bem vindas, e importantes. Gosto de saber das pessoas o que pensam, o que sentem, o que gostam. Você que lê e prefere não se manifestar, quem sabe um dia volte para me dizer algo. Não tenho pressa, eu espero.

Divagar é preciso...